Rui André, presidente da Câmara de Monchique, apresentou, no dia 30 de Outubro, na Feira Internacional de Lisboa (FIL), a marca “Monchique – Capital do Medronho”, por ocasião da realização da “Portugal Agro” – Feira Internacional das Regiões, da Agricultura e do Agro Alimentar.
“A excelência deste saber ancestral, a valorização de um produto em claro desenvolvimento, os ‘sub-produtos’ produzidos e todas as dinâmicas de consolidação do medronho de Monchique que este concelho tem vindo a promover, necessitavam agora de uma preservação e de um registo que agregue ainda mais valor ao medronho e a Monchique”, afirma a autarquia.
Para Rui André, que apresentou esta marca e registo, com a presença do presidente da Associação de Produtores de Aguardente de Medronho do Barlavento, assim como o sub-director regional de Agricultura do Algarve e o presidente da Região de Turismo do Algarve, para além de várias individualidades e autarcas de outros concelhos, “é essencial que a marca ‘Monchique – Capital do Medronho’, detida e registada a favor da Câmara Municipal, seja utilizada para identificar e criar mais valor à cadeia da produção e comercialização de medronho, produto de referência de Monchique, para o qual definimos uma estratégia e um conjunto de acções que visam a sua promoção e implementação no Mercado como é o caso do Festival do Medronho que em Fevereiro terá a sua segunda edição após o sucesso alcançado no ano transacto ou do ponto de venda directa da ‘Loja do Mel e do Medronho’ que apoiamos e cedemos instalações”, disse.
Recorde-se que a Câmara de Monchique realizou uma candidatura ao CRESC Algarve 2020 para a construção de um Museu do Medronho no concelho, o que se prevê que possa ocorrer no próximo ano, o que vem reforçar a dinâmica e oferta da “Casa do Medronho”, da responsabilidade da Junta de Freguesia de Marmelete e que foi inaugurada há um ano.
O presidente da autarquia acrescentou ainda que ”o mercado deste produto é o palco em que Monchique, o maior produtor de medronho, não pode deixar de estar presente”. “A competição e as janelas de oportunidade que temos, exigem uma maior atenção e um redobrado investimento nesta fileira produtiva local, que conta já com 85 destilarias legalizadas e mais de 60 marcas. Sabemos bem que a promoção e distribuição exigem um esforço e um envolvimento do negócio muito diferente da produção e comercialização, o que não está ao alcance da maioria dos produtores/empresários deste concelho”, lembrou Rui André.
“O sucesso produtivo e a comercialização e identificação de um produto de valor do concelho de Monchique, dificilmente poderá resultar dos esforços individuais das suas pequenas destilarias/empresas. Individualmente as empresas não têm recursos financeiros para poderem participar em feiras internacionais, nem dimensão suficiente para rentabilizar os resultados dos investimentos que possam fazer, para além de limitados recursos internos que constituem um entrave à sua promoção”, continuou.
“‘Medronho’ e ‘Monchique’ são duas palavras indissociáveis que agora têm um registo oficial com a ambição de continuar a elevar ainda mais os padrões de qualidade e comercialização deste ‘Ouro da Serra de Monchique’”, concluiu o presidente.