Responsáveis militares russos avisaram, esta terça-feira, que podem atacar os “centros de decisão” na capital ucraniana e asseguraram que não serão travados pela possível presença de conselheiros ocidentais nessas instalações.
O Ministério da Defesa russo acusou, na terça-feira, o Reino Unido de emitir declarações que encorajam a Ucrânia à utilização de armamento ocidental para promover ataques em território russo, e avisou que caso se verifique essa situação os militares russos poderão retaliar e atingir estruturas governamentais em Kiev.
O ministério responsabilizou diretamente o ministro das Forças Armadas britânico, James Heappey, que em declarações à Times Radio disse “não ser necessariamente um problema” caso as armas fornecidas pelos britânicos aos ucranianos sejam usadas para atingir alvos em território russo.
Na declaração, o Ministério da Defesa russo também indica que “as Forças Armadas russas estão preparadas para responder a ataques retaliatórios com armas de precisão de longo alcance dirigidas a centros em Kiev que adotem essas decisões”.
Sublinhou ainda que “a presença de cidadãos de um ou vários países ocidentais nos centros de decisão ucranianos não coloca necessariamente um problema para a Rússia em tomar a decisão de desencadear uma ação de retaliação”.
Até ao momento, as forças militares russas evitaram atingir edifícios presidenciais, do Governo ou instalações militares em Kiev durante a sua campanha na Ucrânia, que entrou no terceiro mês.