Marta Temido explicou hoje na conferência diária de atualização de incidência da covid-19 que o número médio de contágios causados por cada pessoa infetada é “No nosso caso, o cálculo do R0 […] situa-o, agora, nos 2.08”.
A ministra afirmou que o máximo da incidência da infeção tenha ocorrido entre os dias 23 e 25 de março”, ou seja, há sensivelmente um mês.
Outro dos indicadores levados em conta, que mereceram hoje destaque, é “o número médio de casos secundários resultante de um caso infetado, medido em função do tempo, o designado RT”. Marta Temido afirma que este valor “que mede a transmissão ao longo do tempo, posiciona-nos, agora, com os números que de dispomos – entre os dias 16 e 20 de abril – no 1.04, variando entre 0.99 na região Norte e 1.2 na Região de Lisboa e Vale do Tejo”.
Deste modo, “o máximo da incidência da infeção já terá ocorrido” e que o número médio de casos secundários está pouco acima de 1, o que se torna um número esperançoso, mas que, devemos manter o “cumprimento escrupuloso e disciplinado de todas as medidas de saúde pública que aprendemos”.
A ministra da saúde reforça ainda a ideia de que “não haverá um regresso à normalidade tal como a conhecíamos e temos que aprender a viver com a doença até que uma vacina ou um tratamento eficaz sejam identificados”.
O Governo já revelou algumas das medidas que devemos seguir, como o uso da máscara e distanciamento social. As praias seguem também estas medidas, para que seja possível evitar uma nova vaga do novo coronavírus já este verão.
Portugal regista hoje 903 mortos associados à covid-19, mais 23 do que no sábado, e 23.864 infetados (mais 472), indica o boletim epidemiológico divulgado hoje pela Direção-Geral da Saúde (DGS).