O salário mínimo nacional vai sofrer um novo aumento no próximo ano, subindo para os 870 euros mensais já a partir de 1 de janeiro. Este incremento, que representa um acréscimo de 50 euros face ao valor atual de 820 euros, foi formalizado através do diploma publicado no Diário da República, consolidando a trajetória de valorização salarial assumida pelo Governo no âmbito do acordo de rendimentos e crescimento económico para 2025-2028.
Uma subida de 6,1% que ultrapassa expectativas anteriores
Conforme consta no diploma, “o presente decreto-lei determina o aumento do valor da RMMG [retribuição mínima mensal garantida] para 870,00 euros, com efeitos a partir de 1 de janeiro de 2025”. Este novo valor traduz um aumento de 6,1% em relação ao salário mínimo atualmente em vigor e supera o montante inicialmente projetado no anterior acordo de rendimentos, que previa 855 euros para 2025.
De acordo com o Governo, este aumento é um passo essencial para “reter talento e capital humano qualificado em Portugal”, ao mesmo tempo que reforça a produtividade e competitividade da economia nacional, alinhando-a com os seus parceiros europeus.
Uma meta ambiciosa: 1.020 euros em 2028
O aumento do salário mínimo para 870 euros insere-se numa estratégia de longo prazo definida no acordo de valorização salarial assinado pelo Executivo, as confederações empresariais e a UGT. Este plano estabelece subidas anuais de 50 euros até 2028, prevendo que o salário mínimo atinja 920 euros em 2026, 970 euros em 2027 e, finalmente, 1.020 euros em 2028.
Impacto económico e social
Este incremento salarial é visto pelo Executivo como uma ferramenta central para promover a justiça social e reduzir as desigualdades económicas, sem descurar o impacto no tecido empresarial. O objetivo é garantir que o aumento do salário mínimo se traduza num equilíbrio entre melhores condições para os trabalhadores e sustentabilidade para as empresas.
Ao mesmo tempo, o Governo espera que esta medida contribua para atenuar fenómenos como a fuga de talentos para o estrangeiro, incentivando os jovens a permanecer no país e a desenvolver as suas carreiras em território nacional.
Com esta subida, Portugal continua o caminho para aproximar os rendimentos mínimos aos padrões europeus, consolidando a sua estratégia de crescimento económico sustentado. Para os trabalhadores, 2025 será mais um ano marcado por uma melhoria do poder de compra e pela valorização do trabalho.
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