Desde os primórdios da humanidade que o homem começou a domesticar vários animais, entre eles o cavalo. No início era destinado ao trabalho para auxílio nas diversas tarefas do seu domador. Hoje embora seja usado em trabalho, também há quem o detenha para desporto ou simples lazer.
A Guarda Nacional Republicana não é diferente da sociedade civil, usando o cavalo de norte a sul de Portugal para trabalho em várias áreas, tais como serviço honorífico, restabelecimento e manutenção de ordem pública e serviço de patrulha.
No Algarve a GNR dispõe de um pelotão a cavalo, constituído por quatro esquadras de cavalaria, situadas duas no sotavento, Loulé e Vilamoura e duas no barlavento, Albufeira e Silves, vocacionadas para o serviço de patrulha.
Em regra, a patrulha a cavalo é realizada por dois binómios, “homem/cavalo”. O cavalo de patrulha é normalmente calmo, sem receios aparentes e amigo do cavaleiro, quando lhe são transmitidos sinais de confiança.
No Comando Territorial de Faro, o patrulhamento a cavalo revela-se uma ferramenta de extrema importância na prevenção e deteção de incêndios florestais e na busca de pessoas desaparecidas em espaço rural, dada a sua grande mobilidade nestes terrenos comparativamente a qualquer outro meio de transporte, podendo cada patrulha percorrer cerca de trinta quilómetros, sempre com a mesma vitalidade e disponibilidade.
O patrulhamento a cavalo também se revela extremamente eficaz no policiamento e prevenção de ilícitos nas zonas balneares, designadamente na prevenção de furtos em veículos nos parques de estacionamentos junto das praias, pela dissuasão originada pela grande visibilidade projetada, não passando assim despercebida a qualquer cidadão e pelo largo campo de observação que proporciona ao cavaleiro sobre toda a zona a patrulhar.
Na GNR os cavalos são alvo de cuidados de limpeza diários, sendo escovados e limpos os cascos todos os dias, conseguindo-se assim evitar o aparecimento de doenças na pele, no pêlo e nos cascos. As camas dos cavalos são constituídas por palha, sendo levantadas todos os dias de manhã e feitas ao entardecer, evitando-se desta forma o aparecimento de germes, vermes e insetos. A alimentação é de quatro pensos (refeições) de ração diária, cerca de um quilograma por penso, sendo ainda fornecido um penso de palha para auxiliar a digestão. A água é de livre acesso, através de bebedouros automáticos.
O cavalo, sendo um animal que desperta a atenção, cativa um enorme leque de pessoas de todas as idades, desde as crianças aos adultos, permitindo assim à GNR, no seu patrulhamento, estabelecer uma maior proximidade com a comunidade.
Pela sua imagem de força imponente, o cavalo faz com que qualquer pessoa se sinta bem na sua presença e, quando em serviço de patrulha, transmite um sentimento de segurança e tranquilidade aos cidadãos em geral.
Cabo-chefe Marques
Comando Territorial de Faro da GNR