A ministra da Defesa alemã, Christine Lambrecht, já não vê qualquer possibilidade de fornecer à Ucrânia mais armas das reservas das forças armadas alemãs e considera que as futuras entregas deviam realizar-se através da indústria de armamento.
“Claro que todos somos chamados a apoiar a Ucrânia na sua corajosa luta. Todavia, tenho de o dizer, com honestidade, que atingimos um limite quando se trata de entregas de reservas da ‘Bundeswehr’”, disse a ministra, numa entrevista publicada este sábado no diário regional alemão Augsburger Allgemeine.
As tropas alemãs “devem continuar em posição de assegurar a defesa nacional e da Aliança”, argumentou, sublinhando que tal não significa que a Alemanha não possa fazer mais pela Ucrânia.
“É por isso que também esclarecemos o que a indústria poderia fornecer diretamente. Estamos constantemente a coordenar com a Ucrânia a este respeito”, frisou.
PORMENORES SOBRE AS ENTREGAS DE ARMAS NÃO FORAM REVELADOS
A ministra recusou-se, contudo, a revelar que armas estavam envolvidas, alegando haver boas razões para que essa informação seja classificada como secreta.
Acrescentou que, ao contrário do que referem outras informações, a decisão foi tomada a “pedido expresso da Ucrânia”.
“Há declarações claras a este respeito por parte do meu homólogo ucraniano, do seu adjunto e do adido militar. Naturalmente, mantemos estas indicações”, frisou.
Christine Lambrecht sublinhou ainda que se fornecessem todos os pormenores sobre as entregas de armas, a Rússia também disporia dessas informações “e só isso já teria implicações militares estratégicas”.