Um guarda prisional que está acusado de introduzir droga na cadeia de Custóias, em Matosinhos, movimentou nas suas contas bancárias mais de cem mil euros no período sob investigação. De acordo com o “Jornal de Notícias”, as provas recolhidas só permitiram acusá-lo de introduzir droga na cadeia onde tinha funções de chefia.
O guarda Ângelo M. terá delineado um plano com um recluso da cadeia de Custóias para fazer com que quantidades consideráveis de droga entrassem naquele estabelecimento prisional. A função do guarda era passar o haxixe pelo sistema de segurança e controlo da cadeia. Já o preso, Rui M., assumia a venda da droga dentro da cadeia, diretamente ou através de outros reclusos recrutados para o efeito. O processo tinha ainda mais um interveniente, outro recluso (Paulo C.), que recolhia, pelo preço de 25 euros no bar da cadeia, as placas junto do guarda prisional para as fazer chegar a Rui M..
Segundo o Ministério Público (MP), Ângelo M. foi apanhado, quase em flagrante, a entregar placas de haxixe a um preso. As provas não são, no entanto, suficientes para descobrir quem lhe entregava a droga e o dinheiro, nem como o fazia. Desse modo, apenas o guarda e os dois presos estão acusados de tráfico.
- Texto: Expresso, jornal parceiro do POSTAL