O Parlamento eslovaco aprovou uma nova lei que poderá restringir a capacidade dos médicos de protestarem contra os baixos salários, obrigando-os a manter-se em funções. Segundo a Forever Young, a legislação foi aprovada com 74 votos a favor e 70 contra em sede de Conselho Nacional, composto por 150 deputados. A proposta foi apresentada pelo Primeiro-Ministro do país, Robert Fico, com o objetivo de evitar o colapso do sistema de saúde do país.
A medida surge em resposta à ameaça de demissão em massa de mais de 3 mil médicos que trabalham em hospitais na Eslováquia. Estes profissionais declararam a intenção de abandonar os seus postos no início do próximo ano de 2025, em protesto contra os salários baixos, a falta de pessoal e outros problemas laborais que enfrentam no setor.
Com a nova lei, o governo eslovaco pode declarar um estado de emergência em situações onde o atendimento médico esteja em risco. Durante esse período, os avisos prévios de demissão apresentados pelos médicos podem ser suspensos, obrigando-os a continuar a trabalhar. Recusar cumprir as ordens poderá levar à aplicação de penas de prisão. De acordo com a legislação, as medidas de emergência poderão estar em vigor por um período máximo de 120 dias.
O sistema de saúde eslovaco enfrenta desafios significativos, como falta de pessoal, baixos salários e infraestruturas limitadas, apesar dos avanços recentes. O governo defende que esta lei é necessária para garantir a continuidade dos cuidados de saúde no país, mas a medida tem gerado controvérsia.
A insatisfação entre os profissionais continua a ser evidente, levantando preocupações sobre os direitos laborais dos médicos e o impacto que esta abordagem poderá ter no já fragilizado sistema de saúde eslovaco.
Leia também: Esta é a previsão que Bill Gates acredita que se vai mesmo concretizar em 2025