Nasci na capital do Algarve, cresci entre a Serra no Sotavento e o Litoral no Barlavento, estudo na Universidade do Algarve e é na minha Região que quero continuar a sonhar.
Saí do conforto do meu sofá e aderi recentemente ao LIVRE porque não consigo mais ficar indiferente à apatia face – e estou a medir muito bem as minhas palavras – uma grave crise social e ambiental que assola a minha Região e que se tem vindo a agravar cada vez mais.
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30 anos, Faro, Estudante finalista do Mestrado Integrado em Ciências Farmacêuticas na UAlg, Cabeça-de-lista do LIVRE pelo Algarve às Eleições Legislativas 2024
Nos últimos anos nós, os algarvios, somos confrontados com várias notícias referindo que “os Lucros da Hotelaria do Algarve atingiram um novo valor recorde” e que somos uma Região rica, uma vez que o Produto Interno Bruto (PIB) da Região está acima da média nacional.
E – pergunto – o que é que os algarvios têm recebido em troca do seu trabalho e do seu esforço?
Viver na Região com o salário médio mais baixo de Portugal Continental, são 188€ abaixo da média nacional. Viver na Região do País onde é mais difícil comprar casa. Viver numa Região que apresenta índices de pobreza mais elevados do que a média nacional: uma maior privação material e social e um maior abandono escolar precoce.
Estes são dados do Plano de Desenvolvimento Social do Algarve (PDSA), publicado no mês passado, que também indica uma estimativa de 10 mil crianças a viver em pobreza extrema. São dados que nos devem fazer refletir se é este o país desigual que queremos.
Os algarvios encontram-se amarrados a uma grande dependência da Economia a apenas um setor – o Turismo – cujo tecido empresarial é frágil e cuja oferta de trabalho é marcada pela sazonalidade e pela precariedade laboral de trabalhadores independentes, de contratos a prazo e a tempo parcial.
Assim, o Algarve é um exemplo claro de que não podemos ficar à espera de um mercado que se autorregule, mas que o Estado deve ter um papel essencial estratégico de investimento público para promover a diversificação de setores na Economia. O potencial de desenvolvimento do Algarve não pode continuar a ser adiado.
Os nossos decisores políticos falam-nos da seca e da falta de água como se fossem problemas inesperados e tomam medidas que penalizam mais os que menos culpa têm. Ameaçam o cidadão comum com multas e o pequeno agricultor com cortes caso não reduzam o seu consumo de água, mas continuam a promover a construção de mais campos de golfe sem sistemas de reutilização de águas; continuam a “deixar passar” a plantação de mais hectares de abacates em áreas protegidas e continuam a perder 30% da água nas condutas por não fazerem o investimento público necessário para uma gestão hídrica mais eficiente.
Há mais de 20 anos que, em todas as Eleições Legislativas, é prometido à população do Algarve por diversos Partidos a melhoria significativa do Serviço Público de Saúde com a construção do novo Hospital Central do Algarve. Novas eleições, repetem-se promessas, e nada acontece: o terreno continua baldio. Esta história já parece o “Pedro e o Lobo”, de Esopo, já ninguém acredita.
O Algarve sente-se esquecido pelo Poder Central e, como agravante, parece que há outros Partidos que consideram que não há algarvios que sejam suficientemente capazes para ser a voz das suas gentes, impingindo-nos cabeças-de-lista vindos de Cascais, de Portalegre e de Bruxelas, anunciando que, como por magia, conhecem o Terreno e as necessidades da Região.
Quando o Estado é ausente, os representantes não representam e as pessoas começam a sentir que o País falhou com elas, é quando aparecem os “abutres do Sistema”, que se alimentam da degradação das Instituições Democráticas.
Mas não, não nos podemos esmorecer e resignar ao atual estado das coisas. Sei que vivemos tempos difíceis e exigentes, mas também sei que tem de haver um caminho de esperança para o Futuro!
É por tudo isto que me juntei ao LIVRE: porque acredito que o LIVRE é um partido diferente, de construção partilhada entre representantes e representados, que corporiza um novo virar de página, um novo modelo de desenvolvimento para o País que tanto gostamos.
Porque é um Partido que sabe que não se constrói um Futuro sem todos incluindo os Jovens, que não quer que emigrem, que quer que acreditem que é possível cumprir os seus sonhos cá em Portugal, assim como é um Partido que sabe que “Proteger e alargar o direito à habitação” tem de ser um desígnio nacional prioritário, com a promoção de construção de habitação pública e cooperativa, propondo também assegurar apoio à compra da primeira casa, ajudando ao financiamento de 100% do valor do imóvel, incluindo os Capitais Próprios que a Banca exige.
É um Partido que acredita na Regionalização democrática como impulsionador de desenvolvimento das Regiões do país – e tanto que o Algarve precisa da concretização da Regionalização!
É um Partido que acredita que é possível substituir uma política cinzenta, da mentira, do ódio e da desinformação por uma política colorida, da verdade, da empatia e do conhecimento!
Serei o cabeça-de-lista do LIVRE pelo Algarve às Eleições Legislativas antecipadas de 2024, com muita vontade de levar a voz dos algarvios na Assembleia da República!
Biografia
Rodrigo Teixeira, 30 anos, é natural de Faro e é estudante finalista do Mestrado Integrado em Ciências Farmacêuticas na Universidade do Algarve. Foi na UAlg que surgiu o interesse pelo associativismo estudantil, onde foi Presidente da Direção-Geral da Associação Académica (AAUAlg) por 2 mandatos e foi representante dos Estudantes no Conselho Geral da UAlg, órgão máximo da Universidade.
A nível nacional, foi representante nacional dos estudantes do Ensino Superior no Conselho Consultivo da Juventude (CCJ) e no Conselho Consultivo do IPDJ. Foi Diretor de Política Educativa da Associação Portuguesa de Estudantes de Farmácia (APEF) e fez parte da Comissão Política do Fórum Nacional de Estudantes de Saúde (FNES).
Será candidato como cabeça-de-lista do LIVRE pelo Círculo de Faro às Eleições Legislativas de 2024.
No âmbito do Ciclo Unidos pela Democracia, organizado pelo Europe Direct Algarve, para informação/reflexão sobre as Eleições Europeias 2024 , EU e a Política convida à partilha de testemunhos pessoais! As perguntas subjacentes são: quem és e de onde vens? O que te levou à politica ativa ou não levou? Como? Porquê? O que te move?
Queres participar? Envia o teu artigo para [email protected].
Junta-te à comunidade! Agir em conjunto agora – unidos.eu Pela Democracia!
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