Uma equipa de cientistas da Universidade Sueca de Ciências Agrárias desenvolveu uma nova variedade de arroz capaz de produzir mais do que o dobro da média global, enquanto reduz significativamente as emissões de metano. Os investigadores estimam que esta inovação poderá contribuir para uma produção mais sustentável e eficiente, com um impacto ambiental reduzido.
Resultados impressionantes na produção e na sustentabilidade
Os cientistas analisaram duas variedades de arroz: Nipponbare, uma cultura japonesa conhecida pelas suas emissões médias de metano, e SUSIBA2, uma versão geneticamente modificada para minimizar a libertação deste gás. Através dos testes, verificou-se que o SUSIBA2 conseguiu reduzir as emissões de metano até 70%, um valor considerado altamente significativo, dada a relevância deste gás de efeito estufa no aquecimento global.
Além disso, a nova variedade demonstrou um rendimento produtivo superior, alcançando mais de oito toneladas por hectare, contrastando com as médias atuais que se situam em valores substancialmente mais baixos.
Johannes Coutre, investigador da Universidade de New South Wales, destaca um ponto relevante do estudo: “O ponto-chave do estudo é que eles não usam engenharia genética ou tecnologias de edição, mas sim cruzamentos tradicionais para criar novas linhagens de arroz que reduzem a síntese de metano.”
Impacto ambiental e futuro do cultivo de arroz
O cultivo de arroz é um dos grandes responsáveis pelas emissões de metano, representando cerca de 12% do total global deste gás. Com um potencial de aquecimento 25 vezes superior ao do dióxido de carbono, o metano é uma preocupação central para os cientistas que estudam o impacto das culturas agrícolas no meio ambiente.
A nova variedade desenvolvida surge como uma alternativa promissora para tornar a produção de arroz mais sustentável, garantindo uma maior rentabilidade para os agricultores e, ao mesmo tempo, reduzindo o impacto ambiental da atividade, como explica a Forever Young.
De acordo com os investigadores, o super arroz poderá chegar ao mercado em breve, tornando-se uma solução viável para enfrentar os desafios da produção agrícola e das alterações climáticas.
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