A luta contra as fraudes nos apoios sociais está a intensificar-se, com novas propostas para penalizar de forma mais severa quem tenta burlar o sistema. Entre as possíveis sanções encontra-se uma medida que promete chamar a atenção: a suspensão da carta de condução por até dois anos para infratores reincidentes ou com dívidas significativas ao Estado.
O Reino Unido está a intensificar a luta contra as fraudes nos apoios sociais, com novas propostas para penalizar severamente quem burla o sistema. Uma das medidas mais impactantes prevê a suspensão da carta de condução por até dois anos para infratores reincidentes ou com dívidas superiores a mil libras.
Novas penalizações em debate
Segundo a BBC, citada pelo Observador, a proposta visa criar consequências mais gravosas para quem burla o sistema de benefícios sociais. A secretária de Estado do Trabalho e Pensões, Liz Kendall, defendeu, em declarações ao jornal The Telegraph, que “aqueles que enganam o sistema devem enfrentar sanções proporcionais”. A penalização de retirar a carta de condução surge como uma medida adicional, além das multas e possíveis penas de detenção.
Reforço na investigação
Para além da suspensão da carta, o plano do governo também inclui o acesso facilitado a informações bancárias para direcionar investigações de forma mais eficaz. Esta medida, no entanto, tem gerado preocupações quanto à privacidade dos cidadãos e à possível resistência por parte das instituições financeiras.
Impacto das fraudes na pandemia
Durante a pandemia, os benefícios sociais aumentaram de forma significativa, levando também a um crescimento de casos de fraude. O governo pretende utilizar os novos poderes para investigar estas irregularidades e recuperar os fundos desviados.
Multas e detenções em casos graves
Para além da suspensão da carta de condução, as novas medidas prevéem a possibilidade de detenção em casos de fraude reincidente ou particularmente graves. Esta abordagem reforça o compromisso do governo em combater o uso indevido dos apoios sociais, garantindo que os recursos sejam canalizados para quem realmente precisa.
Reações à proposta
Enquanto alguns setores aplaudem a iniciativa, argumentando que será um dissuasor eficaz contra fraudes, outros expressam preocupações com a proporcionalidade das medidas e o impacto que poderá ter em indivíduos vulneráveis. As organizações de direitos civis também alertam para os riscos de violação de privacidade com o aumento da partilha de dados bancários.
O governo britânico pretende submeter o projeto de lei a debate parlamentar ainda este ano, num esforço para equilibrar a necessidade de combater fraudes com a proteção dos direitos dos cidadãos.
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