O Corpo Nacional de Escutas (CNE) recebeu o Prémio de Cidadão Europeu 2020, atribuído anualmente pelo Parlamento Europeu (PE) a um máximo de 50 laureados.
A atribuição do Prémio do Cidadão Europeu 2020 ao CNE resulta de uma proposta apresentada pelo eurodeputado José Manuel Fernandes (PSD), segundo um comunicado.
Segundo o regulamento, o prémio, que tem um caráter simbólico, pode ter um máximo de 50 laureados e mais do que um por Estado-membro.
A distinção, lê-se no comunicado do grupo do PSD no PE, destaca o trabalho do Corpo Nacional de Escutas (CNE) – Escutismo Católico Português ao nível da educação e formação dos jovens para a cidadania ativa e para o desenvolvimento de competências.
“É um justo reconhecimento público pelo trabalho desenvolvido no escutismo, com um contributo de excelência na educação e formação de jovens, com resultados inestimáveis para a construção de uma sociedade mais justa e solidária, desenvolvida e sustentada nos valores europeus e humanistas”, sublinha José Manuel Fernandes.
O CNE é a maior associação de juventude em Portugal, com cerca de 72 mil escuteiros, distribuídos por mais de mil agrupamentos, em todas as regiões do país.
Fundado em 27 de maio de 1923 e com estatuto de Utilidade Pública desde 1983, o CNE é uma associação sem fins lucrativos, apartidária e integrada na Igreja Católica.
Baseia a sua ação num programa de educação não-formal, adaptado aos desafios da nova era e nas finalidades e princípios do método escutista concebido por Baden-Powell — fundador do Escutismo.
O Prémio do Cidadão Europeu tem como objetivo “recompensar atividades excecionais desempenhadas por cidadãos, grupos, associações ou organizações nos domínios da promoção de uma maior integração dos cidadãos europeus, cooperação, reforço do espírito europeu e no âmbito dos valores consagrados na Carta dos Direitos Fundamentais da União Europeia”.
O prémio, com um valor simbólico e assumindo a forma de uma insígnia honorífica ou, no caso de distinções de natureza coletiva, de uma medalha ou placa alusiva, será entregue em novembro.
Em anos anteriores, foram já premiados, em Portugal, a Fundação Francisco Manuel dos Santos, a jornalista Teresa de Sousa e a Plataforma de Apoio aos Refugiados.