O Agrupamento de Escuteiros 100-Tavira realizou nos passados dias 13, 14 e 15 de Julho um acampamento ambiental na Ilha de Tavira. Todas as secções tiveram actividades relacionadas com a protecção do meio Ambiente, contudo, os pioneiros (jovens com idades compreendidas entre os 14 e os 18 anos) destacaram-se.
Estes jovens, em conjunto com o chefe de Unidade, colocaram 11 placas no percurso pedestre até à praia da Ilha de Tavira, com o objectivo de chamarem a atenção para os perigos da poluição. O conjunto das placas conta uma história, através de imagens. História essa que é diferente em cada lado da placa.
O chefe de Unidade, Luís Santos, de 25 anos, explicou ao POSTAL: “o objectivo é que as 10 primeiras placas contem uma história e que a 11ª contenha uma mensagem. Quando as pessoas se estão a deslocar para a ilha de Tavira, vêem uma história que termina com um final trágico. Já no caminho inverso, a história é diferente porque tem um final feliz. Ou seja, a caminho da Ilha de Tavira as placas contam a história de uma tartaruga que acaba por morrer devido ao lixo marinho. No caminho de regresso, as imagens mostram um mar limpo, que permitiu à tartaruga viver e reproduzir-se”.
Catarina Marques, de 18 anos, guia de comunidade, orienta todos os pioneiros e afirmou ao POSTAL que o principal objectivo desta acção é o de “alertar as pessoas para não deitarem lixo para o chão”. Já Inês Moreira, de 15 anos, e responsável por este projecto ambiental, refere mesmo que: “o objectivo é o de alertar para o lixo nas praias e, por isso, a minha ideia, era a de continuar este projecto. Na ilha há pelo menos mais dois passadiços e eu gostava que conseguíssemos lá pôr placas também”.
Todas as placas foram colocadas, desenhadas e escritas pelos jovens escuteiros. Para o chefe que os acompanha: “estou orgulhoso deles. É importante nós olharmos e percebermos que são diferentes dos outros miúdos com a mesma idade. Esperamos que muita gente passe por estas placas e que surta efeito. Se conseguirmos que duas pessoas não deixem o lixo na praia, já não foi em vão. Pedagogicamente estas coisas são importantes e sem dúvida que darão frutos”.
(Maria Simiris / Henrique Dias Freire)