
Barack Obama, George W. Bush e Bill Clinton vão ser vacinados publicamente contra a covid-19, segundo avança a CNN. O momento será transmitido na televisão e pretende aumentar a confiança do povo norte-americano face à vacinação.
Os antigos presidentes norte-americanos mostraram-se disponíveis para promover a vacinação à doença provocada pela SARS-CoV-2. O chefe de gabinete de Bush, Freddy Ford, confirmou à CNN que o ex-autarca já contactou o epidemiologista Anthony Fauci, diretor do instituto norte-americano de Alergias e Doenças Infeciosas, e Deborah Birx, coordenadora de resposta à covid-19 da Casa Branca, para perceber como pode ajudar a promover a vacina.
“Encorajar os cidadãos” é assim a missão principal, comentou Ford. Para que isso aconteça, as vacinas têm de ser primeiramente consideradas seguras e administradas aos grupos prioritários, através da FDA (Food and Drug Administration), a agência federal responsável pelo controlo e supervisão do setor alimentar e farmacêutico, aprovar a administração de uma vacina.
A mesma situação foi assegurada pelo assessor de Bill Clinton, que adiantou na quarta-feira que o ex-presidente também está disposto a ser vacinado em público “assim que a vacina esteja disponível”. Barack Obama segue as pisadas dos “colegas”, admitindo ter absoluta confiança em Anthony Fauci. “Confio completamente em pessoas como o Anthony Fauci, que conheço e com quem já trabalhei. Se Anthony Fauci diz-me que esta vacina é segura (…), garantidamente que a vou tomar”, afirmou Obama.
Portugal preparado para a vacinação
Em Portugal, as primeiras vacinas devem começar a ser distribuídas em janeiro de 2021. Marta Temido referiu recentemente que “há muito que Portugal se está a preparar para receber a vacina da covid-19. Desde meados do ano que a Comissão [Europeia] e a Agência Europeia do Medicamento pediu ao nosso país, como pediu aos outros, que indicássemos um representante que depois começou a trabalhar com uma equipa que tem estado a trabalhar (…) no processo de aquisição de vacinas para cada Estado-membro”.
Portugal autorizou a compra de 6,9 milhões de vacinas contra a covid-19, uma medida resultante de uma coordenação entre países da União Europeia e à qual o Estado alocará 20 milhões de euros, para sublinhar a ideia de que o país “está a trabalhar e preparado”.
O nosso país contabiliza hoje mais 79 mortos relacionados com a covid-19 e 3.772 novos casos de infeção com o novo coronavírus, segundo a Direção-Geral da Saúde (DGS).
Desde o início da pandemia, Portugal já registou 4.724 mortes e 307.618 casos de infeção pelo novo coronavírus, estando hoje ativos 73.876 casos, menos 1.876 do que na quarta-feira.