O Presidente brasileiro, Jair Bolsonaro, deverá ser submetido a mais um exame para deteção do novo coronavírus, após o teste que fez na quinta-feira ter dado negativo para infeção, segundo a imprensa local.
De acordo com o portal de notícias G1, a informação foi confirmada pelo ministro da Saúde, Luiz Henrique Mandetta, que recomendou a repetição do exame ao chefe de Estado.
“Caso tenha sintomas, [o exame pode ser feito] a qualquer momento”, salientou Mandetta.
Jair Bolsonaro, e membros do seu Governo que viajaram no passado fim de semana para os Estados Unidos da América (EUA), foram submetidos na quinta-feira a exames ao novo coronavírus, após o secretário especial de comunicação da Presidência, Fábio Wajngarten, testar positivo.
Contudo, na manhã de sexta-feira, o Presidente do Brasil anunciou, na rede social Twitter, que o seu teste ao Covid-19 deu negativo.
“A vida segue normal, um grande desafio pela frente e muitos problemas para serem resolvidos”, disse Bolsonaro a apoiantes, em frente ao Palácio da Alvorada, a sua residência oficial em Brasília.
Outros membros do executivo também foram submetidos ao exame, e testaram negativo, como é o caso dos ministros do Gabinete de Segurança Institucional, Augusto Heleno, da Defesa, Fernando Azevedo e Silva, e de Minas e Energia, Bento Albuquerque, assim como a primeira-dama do Brasil, Michelle Bolsonaro e o deputado e filho do chefe de Estado brasileiro, Eduardo Bolsonaro.
O Brasil tem 98 casos confirmados do novo coronavírus e monitoriza 1.485 casos suspeitos, registando os primeiros casos de transmissão comunitária do vírus em São Paulo e no Rio de Janeiro, divulgou na sexta-feira o Ministério da Saúde.
A transmissão comunitária ocorre quando há uma maior difusão do vírus e as autoridades de saúde já não conseguem identificar a sua trajetória de infeção.
Até ao momento, o país sul-americano já descartou 1.344 possíveis casos de infeção pela Covid-19.
Face a este cenário, o Governo brasileiro emitiu na sexta-feira uma série de recomendações para evitar o avanço do novo coronavírus, entre elas, que viajantes internacionais que cheguem ao país fiquem em isolamento domiciliário durante sete dias, mesmo sem sintomas de Covid-19.
A recomendação geral é de cancelamento de “grandes eventos”, sejam eles governamentais, desportivos, políticos, comerciais, religiosos, entre outros.
Diante das recomendações, a única determinação feita pelo Governo foi o adiamento de cruzeiros turísticos enquanto o período de emergência em saúde pública estiver em vigor.
O novo coronavírus responsável pela Covid-19 foi detetado em dezembro, na China, e já provocou mais de 5.300 mortos em todo o mundo, levando a Organização Mundial de Saúde (OMS) a declarar a doença como pandemia.
O número de infetados ultrapassou as 140 mil pessoas, com casos registados em mais de 120 países e territórios, incluindo Portugal, que tem 112 casos confirmados.