
A Comissão de Utentes da Via do Infante leva a efeito, no próximo dia 8 de dezembro, pelas 11 horas, uma ação de protesto na Luz de Tavira, junto ao Largo da República e da EN125, “uma das localidades onde foi anulada, pelo governo PSD/CDS, a variante à EN125”.
Mais tarde, pelas 13 horas, terá lugar um almoço na localidade com intervenções de vários convidados sobre a mobilidade no Algarve.
O protesto pretende assinalar “mais um fatídico aniversário da introdução de portagens no Algarve, a continuação da luta pela sua eliminação, e pela requalificação total e definitiva da EN125”.
No próximo dia 8 de dezembro passam oito anos sobre a introdução de portagens na Via do Infante pelo governo PSD/CDS, com o apoio do PS. “Será mais um aniversário de uma das políticas muito erradas e nefastas que se abateu sobre o Algarve e cujas consequências estão à vista de todos. Consequências a nível financeiro, económico, social e territorial para o Estado, empresas, utentes e populações”, afirma a CUVI em comunicado de imprensa.
As consequências mais negativas e dramáticas prendem-se com “o elevado nível de sinistralidade rodoviária que continua a verificar-se na região, com muitas vítimas, em particular na EN125, que se caracteriza como uma das vias mais perigosas e mortíferas do país. As portagens e o facto da EN125 não se encontrar totalmente requalificada (entre Olhão e Vila Real de Santo
António) têm contribuído para esta grande sinistralidade”, acrescenta.
Segundo os números divulgados pela Autoridade Nacional de Segurança Rodoviária, “desde 1 de janeiro até 30 de novembro, o Algarve já contabiliza 9.921 acidentes de viação, com 31 vítimas mortais e 206 feridos graves! São mais 23 acidentes e mais 19 feridos graves do que no mesmo período do ano passado. Novos acidentes aconteceram entretanto”.