As câmaras de vídeovigilância, que se encontram na zona exterior da PJ, podem vir a dar pistas do autor ou autores do atos de vandalismo registados na madrugada de ontem.
Sabe-se que foi ouvido barulho por volta das 5 horas da manhã, no entanto, “ninguém terá saído à rua”, estando agora as expetativas centradas nos registos das câmaras de vídeovigilância.
Ao todo foram mais de 70 pneus de pelo menos 30 viaturas que foram furadas, em cinco zonas diferentes da cidade de Faro, entre elas na Vila Adentro e no Parque de São Francisco, e de forma aleatória.
Desta vez, algumas das viaturas vandalizadas foram da própria Polícia Judiciária, da Câmara Municipal de Faro e da Fagar.
Não é a primeira vez que atos de vandalismo sobre viaturas acontecem em Faro. Além de pneus furados, há igualmente registo de viaturas incendiadas, sem que se venha a conhecer os seus autores.
Testemunhos dão igualmente conta de viaturas pintadas e de canteiros de plantas partidos na Rua de São Luís.
“Estes atos de vandalismos ocorrem geralmente nas noites de quinta-feira para sexta-feira, período que coincide com a habitual saída à rua dos estudantes universitários”, dizem ainda.
Recorde-se que este tipo de incidentes tem preocupado vários farenses cujas vítimas de vandalismo se sentem revoltadas e têm defendido a instalação da vídeovigilância nas ruas da cidade de Faro.
Há precisamente três meses, o presidente da Câmara Municipal de Faro, em entrevista exclusiva ao POSTAL, reafirmava a sua preocupação, mas, segundo Rogério Bacalhau, “isso nunca será antes de dois anos”, isto é, só lá para o ano de 2022.
Ainda no início do presente mês, a Comissão Nacional de Proteção de Dados (CNPD) chumbou os projetos de videovigilância para as cidades de Portimão e de Leiria.
Os atuais sistemas de videovigilância com inteligência artificial permitem procurar pessoas de acordo com as suas características físicas, sexo, cores das roupas ou do cabelo, o que não é o caso das que estão instaladas na zona exterior da PJ, em Faro.
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