Um soldado de origem britânica integrado nas forças ucranianas rendeu-se em Mariupol, cidade onde combatia, a 12 de abril – é aparentemente o primeiro estrangeiro a fazê-lo. Esta sexta-feira, apareceu num vídeo nas redes sociais onde se encontra com marcas de espancamento e no que parece ser um interrogatório, em que o soldado diz que nunca lutou e que sempre esteve no bunker.
Aiden Aslin já estava integrado nos marines ucranianos desde 2018 e atualmente defendia a cidade de Mariupol das forças invasoras russas. Previamente, tinha já lutado na Síria contra o Estado islâmico.
Atualmente, integrava o 36.º Regimento. Ele e alguns dos seus companheiros foram, alegadamente, tomados como prisioneiros de guerra após terem ficado sem comida e sem armas, segundo anunciaram os seus amigos, com autorização da família, na rede social Twitter. Esperam agora que possa ser trocado por outro prisioneiro.
Adicionalmente, a família apelou a Vladimir Putin um tratamento digno para o homem de 28 anos. “Aiden é um membro das Forças Armadas ucranianas e, como tal, é um prisioneiro de guerra e deve ser tratado com humanidade”, afirmou a mãe do soldado.
Quanto às imagens divulgadas nas redes sociais, a avó diz que “é propaganda”. “A Ucrânia é o país adotivo dele. Ele é noivo de uma jovem ucraniana, vivem juntos. Devia ter casado este mês, falavam até de viverem juntos, constituírem uma família e terem filhos – netos, no meu caso”, afirmou, citada pelo jornal britânico “The Guardian”.
- Texto: Expresso, jornal parceiro do POSTAL