O Governo já anunciou quando recomeçam as aulas presenciais de alguns alunos e também quando o comércio reabre, afirmando sempre que as datas são passíveis de serem alteradas, dependendo da evolução da pandemia.
Os estudantes do 11º. e 12º. anos voltam às aulas presenciais a 18 de maio. A retoma à normalidade, vai acontecer com medidas de contingência, como uso de máscaras e o mantimento do distanciamento social.
Os exames nacionais destes alunos serão feitos em regime diferente. O Governo anunciou que apenas serão feitos pelos candidatos ao ensino superior e só terão de realizar os que são exigidos por cada curso. Assim, as notas que obtiverem contam apenas para a média das suas provas de ingresso. Anteriormente contavam para ambas.
A medida obrigou o Governo a rever a situação dos alunos que terminaram o secundário em anos anteriores e este ano querem voltar a candidatar-se, uma vez que a sua situação ficava “injusta”, pois veriam a sua média alterar-se com esta nova decisão.
Deste modo, para quem concluiu o 12º. ano em anos anteriores, verá os seus exames deixarem de contar para a sua média caso a classificação interna seja mais alta que a do exame.
A situação contrária acontece também, ou seja, se os alunos tiverem uma nota externa mais alta que a que conquistaram durante o ano, continua a pesar 30% da sua nota.
Assim, todos os alunos serão beneficiados e vai privilegiar-se a nota mais alta (seja a interna ou externa). Estas medidas vão colocar menos alunos dentro das salas de aula e o risco de contágio diminui. O distanciamento social e as máscaras serão, mais uma vez, obrigatórios.
Quanto às creches, reabrem a 1 de junho. Também existirão medidas de contingência e o uso de máscara será a aproximação mais fiel à realidade que anteriormente conhecíamos.
Comércio também vai reabrir
O pequeno comércio local abre a 4 de maio e o grande reabre a 1 de junho. A retoma da “normalidade” vai assentar desta forma gradual e sempre com todas as medidas de contingência.
As datas poderão ser alteradas, dependendo da evolução da pandemia da covid-19 e as decisões serão reavaliadas de 15 em 15 dias, como já tinha adiantado António Costa, esta sexta-feira.
O primeiro-ministro diz que “devemos olhar para o pequeno comércio de bairro, que junta menos gente e que melhor responde à economia local”.
O estado de emergência termina em breve, mas o Governo pode apostar no estado de calamidade pública a partir desse dia. Os cenários estão a ser estudados, de modo a não se perder todo o trabalho desenvolvido até agora na luta contra a pandemia.
Portugal registava este domingo 903 mortos associados à covid-19, mais 23 do que no sábado, e 23.864 infetados (mais 472), indica o boletim epidemiológico divulgado hoje pela Direção-Geral da Saúde (DGS).