




















Empresários, comerciantes e trabalhadores juntaram-se hoje na Doca de Faro para a manifestação “Pão e Água”. O POSTAL, através da lente do fotografo André Pires Santos, mostra em imagens o protesto.
Esta manifestação é uma “chamada de atenção” ao Governo por parte do setor da restauração, bares e bares noturnos, que se dizem “esquecidos” e “injustiçados” com as medidas de apoio à covid-19.
Com o estado de emergência em vigor desde dia 9 de novembro, vários municípios entraram no grupo de risco elevado para a transmissão da covid-19, tendo de obedecer a um conjunto de novas regras, como o recolher obrigatório, novos horários e ainda o fecho às 13:00 horas no fim de semana.
Os protestos mostraram a indignação e o medo de quem terá de ‘viver a pão e água’ caso o Governo não reforce os apoios às empresas deste setor. “Se o Governo quer que fechemos portas, paguem-nos!”, referiram algumas pessoas durante a manhã de hoje.
António Costa, o primeiro-ministro, foi um dos “alvos” preferidos dos empresários, que em coro, gritavam: “Costa aldrabão, o meu filho não tem pão!”
No Algarve, para além de São Brás de Alportel, o primeiro município a ser incluído, Faro, Albufeira, Portimão, Lagos, Tavira, Vila do Bispo e Vila Real de Santo António estão na lista.
Mais de oito milhões de portugueses, residentes em 191 concelhos, estão este fim de semana sujeitos ao recolher obrigatório a partir das 13:00, decretado pelo Governo no âmbito do estado de emergência devido à pandemia de covid-19.
O movimento espontâneo de cidadãos “Acorda Algarve” também organizou uma manifestação de sensibilização em Albufeira, de modo a exigir que os mesmos tomem medidas para que a economia e as famílias do Algarve sobrevivam neste momento de pandemia da covid-19.
“A nossa região necessita de apoios governamentais e medidas concretas que nos ajudem a sobreviver e a manter postos de trabalho durante este momento tão peculiar em que se vive, que nos tem impedido de trabalhar e contribuir para os rendimentos das nossas famílias e empresas”, explicou o movimento em comunicado.
Portugal contabiliza hoje mais 62 mortos relacionados com a covid-19 e 6.472 novos casos de infeção com o novo coronavírus, segundo o boletim epidemiológico da Direção-Geral da Saúde (DGS).
Desde o início da pandemia, Portugal já registou 3.824 mortes e 255.970 casos de infeção, estando ativos 82.767, mais 31 do que na sexta-feira.
Conheça mais do trabalho de André Pires Santos
Vídeo D.R. de Bruno Fraga
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