No Conselho Intermunicipal da AMAL de dia 15 de Setembro foi aprovada uma moção em defesa de um entendimento “urgente” com vista a resolver os constrangimentos que diariamente afectam o funcionamento e desempenho do Centro de Medicina e Reabilitação do Sul (CMR-Sul), sediado em São Brás de Alportel.
A moção incentiva a união dos presidentes das Câmaras do Algarve na defesa de um futuro “digno e adequado” a esta unidade de saúde, que representa uma prestação de cuidados de saúde “especializada, diferenciada e única” no sul do país, exigindo que o Ministério da Saúde apresente definitivamente medidas “claras e conclusivas” quanto ao novo modelo de gestão a executar para garantir o pleno funcionamento do CMR-Sul no futuro.
O anúncio do encerramento do serviço de ambulatório motivou a apresentação da Moção “Recuperar o pleno funcionamento do Centro de Medicina e Reabilitação do Sul”, pelo presidente do município, Vítor Guerreiro, tendo sido aprovada por todos os presidentes de Câmara da região.
“Os constrangimentos que atingem esta unidade de saúde de excelência, detentora de acreditação internacional por organizar os seus serviços respeitando as melhores práticas mundiais, acumulam-se desde 2013, quando a gestão do centro passou a ser responsabilidade da Administração Regional de Saúde do Algarve”, refere a AMAL em comunicado de imprensa enviado às redacções.
Esta mudança foi motivada pela recusa do Tribunal de Contas em prorrogar o contrato de gestão estabelecido no âmbito de uma parceira público-privada com a GPSaúde – Sociedade Gestora do Centro de Medicina Física e Reabilitação do Sul, S.A.
“Desde então o CMR-Sul enfrenta sérias dificuldades que impedem os seus profissionais de garantir a normalidade dos serviços de acordo com os padrões de exigência conquistados no passado. Ao longo dos últimos três anos o Centro tem-se deparado com a falta de profissionais, falta de medicamentos para tratamento dos utentes internados bem como de equipamentos necessários para o correto tratamento dos pacientes”, afirma a AMAL no mesmo comunicado.
Para o presidente da AMAL, Jorge Botelho, “é fundamental para o Algarve acabar com as complicações diárias que afectam o normal funcionamento do Centro de Medicina e Reabilitação, colocando em causa a prestação de cuidados de saúde desta unidade de excelência no sector da medicina física e de reabilitação, com resultados acima dos padrões europeus no que se trata em conquistar maiores progressos em períodos de internamento mais reduzido. A nossa população não pode ficar privada do acesso a estes cuidados por causa de uma resposta que tarda em chegar do Governo central”, conclui.