A Associação Ecotopia Activa apresentará, pela última vez, as duas curtas-metragens documentais que produziu em 2024: “Cravos de Abril, de Tavira” e “Deixa Arder”, no âmbito do projeto “Ativar Abril” e inserido no programa “Equinócios”.
As exibições terão lugar na Biblioteca Municipal de Tavira esta segunda-feira, com início às 18:00, de “Deixa Arder”, seguindo-se o fórum-cidadania.
“Deixa Arder” é uma curta-metragem documental sobre os incêndios de 2021 no Sotavento Algarvio.
No verão de 2021, as chamas consumiram novamente a serra de Vila Real de Santo António e Tavira. Este documentário recolhe os testemunhos de quem viveu essa tragédia em primeira mão, nas localidades de Rocha dos Corvos, Corte António Martins, Carrapateira e Cortelha, recuperando as paisagens que restaram.
A realização é de Henrique Mestre, com direção de conteúdos e produção de Ângela Rosa. Conta om os intervenientes: Rui Horta, Manuel Rodrigues, Ivo (Pastor), Eduardo Fernandes, Manuel Romeira e Luís Rocheta. A música é de Silvino Campos (agradecimentos). A arte e design do cartaz é de Ana Isabel Santos.
A comunicação e redação são da responsabilidade de Ângela Rosa, Carla Ferreira, Ana Isabel Santos. O suporte operacional é de Lívia Viana, Rosa Guedes, Inês Mesquita, Luís Ojalvo, Maria Gomes.
Às 19:00, será exibida a curta-metragem,”Cravos de Abril, de Tavira”, também seguida de um fórm-cidadania.
“Cravos de Abril” revela uma história pouco conhecida: os cravos que, a 25 de abril de 1974, adornaram os canos das espingardas dos militares e se tornaram símbolo de liberdade e democracia tiveram origem no Posto Agrário de Tavira.
Esta curta-metragem, produzida pela Ecotopia Activa e pelos “Cidadãos pelo CEAT e Hortas Urbanas de Tavira”, lança luz sobre esta narrativa histórica.
A produção, coordenação e direção de conteúdos de “Cravos de Abril, de Tavira” é de Ângela Rosa e a realização de Henrique Mestre.
São endereçados agradecimentos especiais a Celeste Caeiro (recentemente falecida) e familiares, engenheira Guilhermina Madeira, comandante Rui Cabrita, Maria de Lurdes, Ignacio García Pereda, Luís Venâncio. A imagem gráfica é de Ana Isabel Santos. Os textos são de Carla Sofia Ferreira.
“Cravos de Abril, de Tavira” conta com a colaboração de Associação 25 de Abril e o apoio da CCDR Algarve, I.P. Agricultura e Pescas, assim como de Lívia Viana, Emília Costa, Ana Pi, Coro Inquieto, e voluntários pelo cultivo dos cravos.
Memorando do Projeto “Ativar Abril”
“Sendo que a proposta do Município para o tema do Equinócios é a comemoração dos 50 anos do 25 de Abril de 1974, que acontece ainda este ano, consideramos que, mais do que nunca, tudo aquilo que aquele dia de Abril possibilitou é tema fulcral nos dias de hoje. Hoje e sempre é urgente lembrar e relembrar essa data histórica”, explica a Ecotopia Activa.
“Os que a viveram sabem da sua importância. Infelizmente constatamos que meio século depois, esta data é desconhecida para muitos portugueses entretanto nascidos. Nós, Ecotopia Activa, queremos contribuir decisivamente para minorar esse desconhecimento”, acrescenta.
“Em todas as nossas actividades propostas os valores e ideais de Abril estão presentes. Nada seria possível sem liberdade – real, efectiva, pura – para criar, pensar, falar, criticar… E a revolução de 1974 possibilitou esse desiderato”, refere a associação organizadora.
“Com a projecção do vídeo “Cravos de Abril” elevamos e promovemos genuinamente a nossa cidade a um patamar diferenciado, porque é real e histórico. Somos a cidade dos cravos. E temos orgulho nisso”.
“Existiriam, em Portugal, no mês de Março de 1974, fóruns de alguma espécie? Duvidamos! Sabemos que hoje é possível o debate saudável de ideias, o contraditório, a discussão saudável, o direito a ter opinião e poder expressá-la. Tudo conquistas de Abril. E vamos com esta iniciativa homenagear todos aqueles que possibilitaram estas conquistas. Temas fracturantes como incêndios, água, biodiversidade e paisagens culturais darão o mote para estimular todas as conquistas que Abril possibilitou, entre as quais o pensar, o criar e sobretudo o (PODER) falar!”, conclui a Ecotopia Activa.
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