A Petição “Por um Acesso Pedonal à Praia de Cabanas” foi entregue na Assembleia da República no passado mês de dezembro, tendo sido validada e admitida. Das 9.300 assinaturas submetidas, foram consideradas válidas 8.993, após os serviços da Assembleia da República excluírem cerca de 300 por não estarem devidamente completas.
“Esta petição é, de acordo com o que apurámos, a segunda maior petição sobre questões que dizem respeito ao Algarve, alguma vez entregue na Assembleia da República”, afirmam em comunicado o Movimento “Por uma ponte pedonal para a praia de Cabanas” e a Associação “Por um Acesso Pedonal à Praia de Cabanas.
Segundo informações dos serviços parlamentares, a petição será agora alvo de uma Audição dos Peticionários na Comissão de Ambiente e Energia, seguida da sua publicação integral no Diário da Assembleia da República. Posteriormente, a Comissão enviará uma cópia do documento e do respetivo relatório aos Grupos Parlamentares, permitindo a eventual apresentação de iniciativas legislativas. Como reúne mais de 7.500 subscritores, será ainda discutida em Plenário da Assembleia da República.
“Esperamos que os nossos deputados, de todos os partidos políticos representados da Assembleia da República, nos ajudem a corrigir um erro com cerca de um quarto de século, que consiste na existência de uma carreira intensiva de barcos para atravessamento de 200 metros de ria, numa localização onde não existe canal de navegação e, por isso, se trata de uma ilegalidade, com todos os prejuízos ambientais que ela representa”, refere o movimento em comunicado.
“Uma travessia de barcos que, ao invés de pretender reverter, o Município de Tavira pretende legalizar e incrementar, através de um contrato de exclusividade por 25 anos, entregando a travessia a uma empresa que já explora a travessia atual, o aluguer de sombras, o restaurante e os bares da praia, numa praia que, para ter acesso à qual, os cidadãos são obrigados a passar pelo interior de um deles! Uma travessia para a manutenção da qual são imprescindíveis dragagens regulares, com todos os danos ambientais que também elas provocam”, pode ler-se na nota.
“Somos mais de 9.000 vozes, cidadãos de Cabanas, tavirenses, visitantes, turistas, amantes de Cabanas, pessoas que, ao invés de aprofundar um erro, reivindicam a sua correção, através da instalação no local de um passadiço pedonal que lhes possibilite fruir desta fantástica praia todo o ano, qualquer dia, a qualquer hora, com benefício ambiental, com desenvolvimento económico para a terra e contrariando um erro político que não permitiremos que se aprofunde e, ao contrário, exigimos que seja corrigido”, conclui o comunicado assinado por José António Pinto.
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