Ao longo das últimas horas, têm circulado nas redes sociais muitas imagens daquilo que dizem ter sido uma ‘tromba de água’. O fenómeno meteorológico foi visto na Praia de Porto de Mós, em Lagos, no Algarve, e foram muitos os portugueses que se mostraram surpreendidos com o sucedido. No entanto, a região do Algarve foi também palco de um outro fenómeno raro que não passou despercebido.
Chamam-lhe ‘tromba de água’, mas na verdade trata-se de um “fenómeno meteorológico que consiste num turbilhão de vento, muitas vezes violento, cuja presença se manifesta por uma coluna nebulosa ou cone nebuloso invertido em forma de funil que emerge da base de um cumulonimbo (um tipo de nuvem), e por um tufo constituído por gotículas de água levantadas da superfície do mar”, segundo a informação avançada pelo Instituto Português do Mar e da Atmosfera.
Este fenómeno raro é tema de conversa, não só no Algarve, mas também noutros pontos do país, contudo, houve um outro fenómeno pouco habitual registado na região sul de Portugal e que não foi indiferente a muitos algarvios.
Pequeno tornado fez ferido ligeiro no concelho de Silves
O que se sabe é que no mesmo dia em que foi observada a ‘tromba de água’, um homem de 72 anos ficou com ferimentos ligeiros depois de um pequeno tornado de vento ter feito cair um poste sobre uma garagem em São Bartolomeu de Messines, no concelho de Silves.
Escreve o Correio da Manhã que o pequeno tornado passou por várias zonas rurais deste concelho, tendo provocado alguns danos, pelo menos, numa habitação. Refere ainda a mesma fonte que várias equipas dos Bombeiros de Messines estiveram no local para remover as árvores partidas que caíram para cima de estradas.
Como se forma um tornado?
De salientar que os tornados são fenómenos climáticos que se formam a partir da junção de humidade, vento e pressão atmosférica. “Quando se verifica uma diferença de temperatura e pressão entre as camadas superior e inferior da atmosfera, grandes massas de ar começam a deslocar-se a altas velocidades”, revela a Zurich Portugal.
Quanto maior for a diferença de temperatura e pressão, mais agressivo será o tornado. Neste caso, aquele que foi observado no concelho de Silves, no Algarve, mostra que não havia uma grande diferença entre a temperatura e a pressão atmosférica.
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