Vivemos num país pequeno e apesar de se falar a mesma língua em todo o território nacional, o que é certo é que a forma de pronunciar as palavras muda consoante a região onde se está. No que diz respeito aos sotaques, saiba que estes variam de cidade para cidade e às vezes, os próprios portugueses e até os estrangeiros acabam por ter dificuldades em compreender o que lhes estão a dizer.
Assim sendo, o portal Meteored fez uma lista dos sotaques mais difíceis de compreender em Portugal e nem o Algarve escapa a uma presença nesta seleção.
No Algarve, “uma conversa pode rapidamente parecer uma viagem linguística ao Brasil”
É que a mesma fonte escreve que no Algarve, “uma conversa pode rapidamente parecer uma viagem linguística ao Brasil, mas com um toque misterioso”. Palavras, como “estrela” transformam-se em algo como “shtrela”. Provavelmente também já ouviu alguém dizer “bexiga” em vez de “beijinho”. No caso do Algarve, o “s” e o “x” prometem baralhar a cabeça de quem vem de outras regiões do país e tenta conversar com os algarvios.
Por sua vez, o sotaque alentejano é apontado como difícil de compreender, não apenas pelo som, mas também pelo ritmo. Ainda que os alentejanos falem devagar, por vezes fica difícil decifrar o que pretendem transmitir. Para além disso, as palavras costumam ser pronunciadas de forma arrastada.
Se for até ao norte de Portugal, irá também ter dificuldades em compreender alguns sotaques, nomeadamente o transmontano. Em Trás-os-Montes há uma espécie de economia linguística, em que as palavras inteiras são encurtadas, sílabas desaparecem e há expressões que só fazem sentido para quem lá nasceu.
Entre os sotaques mais difíceis de compreender está também o minhoto, onde a letra “u” surge dentro de várias palavras onde teoricamente não deveria. Por exemplo, a palavra “pronto” transforma-se em “pruonto”, o que, aliado à entoação com que a palavra é dita, promete causar alguma confusão a quem não está familiarizado com este sotaque.
O sotaque açoriano é o “mais desafiante”
Por fim, chega aquele que é apontado como o sotaque “mais desafiante”. Falamos do sotaque açoriano, já que dependendo da ilha, as variações são tantas que um micaelense pode ter dificuldade em entender um florentino. Assim sendo, se ouvir expressões, como “Vais pa ónde?” ou “Tás bemo?”, não se preocupe. Nada como passar alguns dias nos Açores para se habituar ao sotaque.
Leia também: Espanhóis ‘fartos’ destes turistas: “Sigam as regras. São sem dúvida os que se comportam pior”