Os técnicos superiores de diagnóstico e terapêutica que trabalham na Unidade Local de Saúde do Algarve vão estar em greve esta quarta-feira. Para este dia está agendada uma concentração destes profissionais em frente ao Hospital de Faro, entre as 10:00 e as 13:00.
Trata-se de mais uma greve, por instituição, que estes profissionais estão a levar a cabo por todo o país. “Vamos continuar a luta por instituição porque continuamos a aguardar que o Governo anuncie respostas concretas às nossas reivindicações. Caso isso não aconteça até setembro, a luta vai escalar passando a ser uma luta com greves e manifestações nacionais”, afirma Luis Dupont, presidente do Sindicato Nacional dos Técnicos Superiores de Saúde das Áreas de Diagnóstico e Terapêutica (STSS).
“Estes profissionais vão protestar e denunciar a incorreta aplicação da Lei 34/2021, de 8 de junho, que introduziu alterações às regras de transição e de reposicionamento remuneratório na carreira de TSDT, a não aplicação do Acordo Coletivo de Trabalho aplicável aos referidos trabalhadores, com vínculo de direito privado, publicado no Boletim do Trabalho e do Emprego com o nº 23, de 22.06.2018, a incorreta aplicação, até a presente data, da circular conjunta ACSS e DGTF de 2 de novembro aos TSDT em regime de CIT”, refere o sindicato em comunicado
Os técnicos superiores de diagnóstico e terapêutica vão também denunciar a “incorreta atribuição de pontos até a presente data, no valor de 1,5 pontos por ano, que resulta da avaliação de desempenho dos TSDT, a deficiente aplicação, com prejuízo para os trabalhadores, das normas subsistentes do DL 564\99, de 21.12 e a errada interpretação e aplicação dos termos em que se processa o vencimento do direito à progressão remuneratória, por efeito da avaliação de desempenho, consagrada no art. 156º, nº 9 da Lei 35\2014, de 20.06”.
Segundo refere o sindicato, “com esta paralisação podem não se realizar diversos exames complementares de diagnóstico, tais como, análises clínicas, ecografias, raio X, entre outros, bem como atividades nas áreas da terapêutica, nomeadamente, farmácias hospitalares, fisioterapia, terapia da fala ou terapia ocupacional”.
“A não realização destes exames terá impacto não só no diagnóstico, mas como em cirurgias programadas, por exemplo. Os serviços mínimos assegurarão apenas as urgências”, conlui a nota.
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