A Declaração de Impacto Ambiental (DIA) foi favorável à construção da dessalinizadora na praia da Falésia, em Albufeira, mediante cumprimento de algumas condições, deixando a PAS com algumas reservas.
A Agência Portuguesa do Ambiente (APA) emitiu no dia 3 de abril uma Declaração de Impacto Ambiental (DIA) favorável ao projeto da estação de dessalinização de água do mar a instalar na praia da Falésia, em Albufeira, no distrito de Faro, embora condicionada ao cumprimento de um conjunto de condições.
A Plataforma Água Sustentável (PAS), que engloba cerca de uma dezena e meia de associações, fala em várias lacunas no documento, fazendo assim prever que os impactos da obra possam ser mais gravosos do que este faz parecer.
Não sendo contra as dessalinizadoras, os ambientalistas dizem que, para já, não estão inteiramente convencidos que seja esta uma solução eficaz para o Algarve. Os membros desta plataforma dizem que a APA aprovou a declaração de impacto ambiental “atirando para o futuro respostas que precisavam ser respondidas já.” “Antes de usar a água do mar para consumo humano, deve-se gerir melhor a água da rede“, acrescentam.
Desconfiam, por isso, que os impactos da obra prevista para a zona da falésia, em Albufeira, podem ser muito mais gravosos do que o que o documento identifica. Para estes, há uma “extensa lista de condicionantes” expressas na DIA, relativamente a diversos fatores, dos domínios da geomorfologia, hídrico, paisagístico, da vida marinha, pesca, poluição sonora e rejeição do efluente“, entre outros, que, necessariamente, têm que ser objeto de avaliação ambiental ‘a priori’, e não apenas em sede de RECAPE, noticia a Sapo ECO.
A construção de uma dessalinizadora no concelho de Albufeira, cujo valor é de 90 milhões de euros, é uma das medidas de resposta à seca que afeta a região sul de Portugal. A tubagem será colocada a 10 metros de profundidade, passará pela base da arriba e a descarga da salmoura vai ser feita a cerca de dois quilómetros ao largo da praia da Falésia, em Albufeira.
A dessalinizadora vai servir para captar água do mar e convertê-la em água potável. Na fase inicial deverá produzir por ano cerca de 16 milhões de litros cúbicos de água, mais ou menos o equivalente ao que se perde nas ruturas da rede pública em todos os municípios do Algarve.
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