A Câmara Municipal de Loulé informa que a próxima quarta-feira, 23 de abril, será dia de Luto Municipal, por ocasião das cerimónias fúnebres do cantor louletano Nuno Guerreiro.
O velório do artista terá lugar esta terça-feira, 22 de abril, na Igreja de São Francisco, em Loulé, entre as 20:30 e as 22:00. No dia seguinte, quarta-feira, pelas 10:30, será celebrada a missa de corpo presente, no mesmo local.
Após a cerimónia religiosa, o corpo de Nuno Guerreiro seguirá para o Crematório de Faro, onde será realizada uma cerimónia privada, exclusivamente reservada à família.
Com o decreto de Luto Municipal no dia das exéquias finais do cantor, a Bandeira do Município de Loulé será colocada a meia-haste nos Paços do Concelho e em todos os edifícios municipais.
Nuno Guerreiro: uma vida dedicada à música portuguesa
O cantor Nuno Guerreiro, vocalista da Ala dos Namorados, morreu na passada quinta-feira aos 52 anos, num hospital em Lisboa, onde tinha dado entrada no dia anterior.
Nascido em Loulé, em 1972, cidade onde atualmente vivia, Nuno Guerreiro popularizou-se na década de 1990 enquanto vocalista da Ala dos Namorados, grupo responsável por temas como “Solta-se o beijo”, “Fim do mundo” ou “Loucos de Lisboa”.
De acordo com informação disponível no site da HM Música, agência que o representava, Nuno Guerreiro mudou-se para Lisboa na adolescência, para estudar dança no Conservatório.
Participou em espetáculos dos Diva e de Carlos Paredes e colaborou no primeiro álbum de Rodrigo Leão, “Ave Mundi Luminar”.
Em 1992 juntou-se à Ala dos Namorados, banda criada por João Gil e Manuel Paulo, e da qual fez também parte José Moz Carrapa.
Ao longo dos 30 anos de carreira, a banda editou oito álbuns de estúdio, dois álbuns ao vivo e uma compilação “de grandes êxitos”.
Em 1994, a banda editou o álbum de estreia, homónimo. José Moz Carrapa deixou a Ala dos Namorados após a edição do terceiro álbum, “Alma” (1996), e João Gil acabou por a abandonar em 2006, para formar projetos como a Filarmónica do Gil e O Baile.
A Ala dos Namorados continuou, tendo editado outros álbuns entretanto.
Em 2023 a banda regressou aos palcos com o músico João Gil e o cantor Nuno Guerreiro “ao leme” do projeto, tendo sido na mesma ocasião anunciado um regresso aos discos.
Com os músicos Olavo Bilac e Tozé Santos criou o projeto “Zeca Sempre”, do qual foi editado um álbum, “O que faz falta – Zeca Afonso”, que tem como subtítulo: “As mensagens intemporais de José Afonso, numa nova sonoridade”, editado em 2011.
“Vira de Coimbra”, “No Lado do Breu”, “Redondo Vocábulo”, “Menino do Bairro Negro” e “Saudades de Coimbra” são alguns dos temas que integram o álbum.
A solo editou quatro álbuns: “Carta de amor”, em 1999, “Tento saber”, em 2002, “Gangster mascarado”, em 2011, e “Na hora certa”, em 2022.
Depois de ter vivido em Lisboa e em Setúbal, o músico regressou a Loulé, onde atualmente trabalhava em direção de cena e produção no Cine-Teatro Louletano.
O projeto mais recente onde estava envolvido intitulava-se Nuno Guerreiro & Mau Feitio, composto por músicos do Algarve, tendo já somado alguns concertos, nomeadamente no festival Caixa Alfama, em Lisboa, em setembro de 2024.
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