Escolha poética de Jaime Costa, Carla Teixeira e Rosária Pereira,
Taviraverde
ÀS VEZES EM SONHO TRISTE
Fernando Pessoa
Às vezes, em sonho triste
Nos meus desejos existe
Longinquamente um país
Onde ser feliz consiste
Apenas em ser feliz.
Vive-se como se nasce
Sem o querer nem saber.
Nessa ilusão de viver
O tempo morre e renasce
Sem que o sintamos correr.
O sentir e o desejar
São banidos dessa terra.
O amor não é amor
Nesse país por onde erra
Meu longínquo divagar.
Nem se sonha nem se vive:
É uma infância sem fim.
Parece que se revive
Tão suave é viver assim
Nesse impossível jardim.
21-11-1909
Novas Poesias Inéditas. Fernando Pessoa.
FESTA DOS ANOS DE ÁLVARO DE CAMPOS 2024
UM MÊS DE POESIA - ESCOLHAS TAVIRAVERDE
2024 tem sido mais um ano difícil e imprevisível, marcado por guerras que parecem persistir enquanto houver quem as financie. Essa realidade tornou-se quase o quotidiano do nosso planeta. No entanto, seguimos buscando realizar os nossos sonhos, mesmo diante de portas fechadas, à procura de uma que se abra. E assim, como espécie, vamos sobrevivendo num mundo mutável, mas, por vezes, repetitivo. Mantemos a nossa FESTA DOS ANOS DE ÁLVARO DE CAMPOS, com o Postal do Algarve online como parceiro, publicando as escolhas poéticas para o evento UM MÊS DE POESIA.
Este ano, convidámos os funcionários da TAVIRAVERDE – EMPRESA MUNICIPAL DE AMBIENTE, E.M., a participar, homenageando aqueles que trabalham para manter a nossa cidade limpa e funcional, garantindo uma vida mais agradável para todos.
Tela Leão,
presidente da direção da Partilha Alternativa, criadora e programadora da FAAC desde 2015
Taviraverde, Empresa Municipal de Ambiente, E.M.
A Taviraverde tem como missão assegurar a gestão eficiente de serviços ambientais, com foco na sustentabilidade, proteção do meio ambiente e melhoria da qualidade de vida da população de Tavira. A empresa visa alinhar-se com os desafios ecológicos do presente, promovendo soluções inovadoras e eficazes para a preservação dos recursos naturais e o bem-estar das gerações futuras, incorporando novas tecnologias e métodos com vista a aumentar a eficiência energética, reduzir a pegada de carbono e promover uma economia circular.
A Taviraverde assegura a distribuição de água potável em todo o concelho, sendo responsável pela sua qualidade, redes de distribuição e algumas captações. Neste âmbito é de referir que a empresa tem sido sempre galardoada pela ERSAR (Entidade Reguladora) pela excelência da qualidade da água que distribui, com 100% em todos os parâmetros analisados e que é a empresa do Algarve que menos perdas apresenta nas redes de distribuição, estando num honroso 9º lugar a nível nacional. Também a gestão das redes de saneamento, bem como a gestão e recolha de resíduos urbanos indiferenciados estão sob a sua responsabilidade. Para além destas funções, tem ainda a responsabilidade da manutenção de todos os espaços verdes públicos, limpeza urbana, limpeza de praias, recolha porta a porta, no sector HORECA (Hotéis, Restauração e similares), de embalagens de plástico e papel e, mais recentemente, dos biorresíduos.
Atualmente a empresa tem nos seus quadros 286 funcionários, sendo que este número é reforçado no período de verão em, cerca de, 12 funcionários, devido ao aumento de volume de trabalho.
Além dos serviços operacionais descritos, a empresa desempenha um importantíssimo papel educativo, promovendo ações de sensibilização para a proteção ambiental, incentivando práticas sustentáveis, como a redução de resíduos, o uso eficiente da água e a proteção dos recursos naturais.
Através dos seus serviços, a Taviraverde contribui significativamente para a qualidade de vida dos cidadãos de Tavira.
Ao assegurar a gestão eficaz dos resíduos, água e saneamento, e ao promover um ambiente urbano mais verde e sustentável, a empresa cumpre um papel vital na construção de um futuro mais limpo e equilibrado, tendo sempre como foco principal a satisfação e o bem-estar quer dos tavirenses, quer de quem nos visita.
Jaime Luís Costa,
administrador executivo da Taviraverde
Leia também: As escolhas poéticas de Manuel Guerreiro e Susana Calado, trabalhadores da Taviraverde