Esta tarde, Portimão vai ser palco de uma manifestação pela Maternidade do Hospital de Portimão. Fonte do Ministério da Saúde não acredita que vá ter grande mobilização, mas o POSTAL confirmou que poderá vir a ter uma grande cobertura jornalística.
O Movimento Cívico “Portimão Sempre” organiza uma manifestação cuja finalidade é chamar a atenção para o estado de falência total a que chegou o Centro Hospitalar Universitário do Algarve, destacando-se o Hospital Barlavento, em Portimão.
Às 15 horas de hoje, a concentração é no largo da Câmara Municipal de Portimão com início da marcha para o Hospital às 16H30.
A chegada ao Hospital está prevista para as 18 horas e prevê-se que o protesto de indignação esteja concluído pelas 21 horas.
O POSTAL sabe que vários jornais, televisões e rádios nacionais e regionais deverão estar presentes para fazer a cobertura jornalística, embora uma fonte junto do Ministério da Saúde disse ao POSTAL que não acredita ser expectável que haja hoje uma grande mobilização “até porque a ministra da Saúde disse ontem no Algarve que as dificuldades na Obstetrícia nos hospitais algarvios iam ser resolvidas”.
Quanto à organização deste protesto, ela já informou detalhadamente que o itinerário para a marcha é a seguinte:
Largo da Câmara Municipal;
Rua Vasco da Gama (Rua das Lojas);
Rua do Comércio (Rua das Lojas);
Rua Infante D. Henrique;
Largo Gil Eanes;
Rotunda das Cardosas;
Avenida do Hospital.
Deixou igualmente recomendações de segurança, que considera importantes para os participantes, a saber:
“Na Avenida do Hospital deveremos de circular o mais à direita possível. A faixa da esquerda permanecerá aberta por causa dos veículos de emergência”.
“As faixas estarão separadas por pinos da PSP, assegurando esta o nosso acompanhamento em segurança ao longo de todo o percurso, com especial enfoque na Avenida do Hospital”.
“A iniciativa ocorre na sequência de notícias extremamente preocupantes acerca do fecho de serviços prestados à comunidade, devido à ausência de médicos para assegurar as escalas, com especial incidência, nos serviços de Obstetrícia e Pediatria, que tem implicado a transferência de gestantes em trabalho de parto para outros hospitais, tendo havido, inclusivamente, ocorrências de transferências para fora da região, o que coloca em causa a saúde das pessoas necessitadas deste tipo de serviços”, refere o movimento cívico.
“O que se pretende com esta iniciativa é chamar a atenção da tutela governamental para esta situação. Deste modo, irá dar-se um prazo de uma semana, para que um dos membros pertencentes ao Governo, venha a Portimão anunciar medidas efetivas que assegurem, não só a manutenção em total permanência da nossa Maternidade e serviços correlacionados, como também para acorrer às gritantes faltas que existem nos outros serviços deste Hospital, que envolve toda a região do Barlavento (Vila do Bispo, Aljezur, Monchique, Lagos, Portimão, Lagoa, Silves e Albufeira)”.
“Findo o prazo de 7 dias, que daremos início a partir da data desta manifestação, seremos forçados a endurecer o tom do nosso protesto, numa altura em que o Algarve se torna mais visível, não só por ser um dos destinos de férias mais requisitados pelos turistas, como também coincidirá em plena campanha eleitoral para as eleições legislativas que se avizinham”, referiu ainda o movimento cívico “Portimão Sempre” à comunicação social.
Ministra promete resolução para final do mês
Conforme o POSTAL noticiou ontem, a ministra da Saúde, Marta Temido, reconheceu que as dificuldades que têm afetado as escalas dos serviços de Urgência Pediátrica e Obstetrícia nos hospitais algarvios só deverão estar resolvidas no final do mês de julho.
“A nossa expectativa é de que a partir do final de julho consigamos responder à escala sem dificuldades. Os dias deste fim de semana [13 e 14 de julho] e do próximo fim de semana [20 e 21] são ainda períodos complicados para nós”, admitiu a governante, à margem de uma visita ao Hospital de Faro.
Marta Temido tinha visitado, na manhã de sexta-feira, o Hospital de Portimão, onde este fim de semana a Urgência Pediátrica poderá ficar sem médicos especializados.
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