O novo sistema inteligente de automatização da rega de espaços verdes vai permitir poupar até 40% no custo da água e até 30% em energia em Vale de Lobo.
A tão aguardada apresentação do “Smart Irrigation System (sistema de rega inteligente) realizou-se hoje, dia 23 de Janeiro, na sede da Infralobo e contou com a presença do jornal POSTAL.
Na cerimónia de apresentação estiveram presentes o presidente do conselho de administração da Infralobo, Carlos Manso, o director comercial da Visualforma, Cláudio Martins, a directora comercial da Altice Portugal, Ana Bôcas, o presidente da Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional do Algarve (CCDR Algarve), Francisco Serra, e o presidente da Câmara Municipal de Loulé, Vitor Aleixo.
Segundo Carlos Manso, “após quase duas décadas de investimentos em infraestruturas, a Infralobo mudou o seu paradigma de funcionamento e apostou numa nova estratégia de actuação a médio prazo. A partir desse trabalho foram identificados cinco vectores fundamentais para a melhoria do nosso serviço: a gestão do relacionamento com os nossos clientes, a gestão de frota, a eficiência energética, a recolha dos resíduos sólidos urbanos e a gestão da água no seu todo”.
Afirmou ainda que “a Infralobo é responsável pela gestão de 22 hectares de espaços verdes públicos, que consomem mais de 350 mil metros cúbicos de água e que representam custos directos e indirectos anuais de 180 mil euros a 240 mil euros”.
Este sistema inteligente de rega permite que, ao monitorizar indicadores como a pluviosidade ou a humidade do solo, o sistema active ou desactive os mecanismos de rega consoante as condições climatéricas e a necessidade real de água.
Carlos Manso realçou que “tudo aquilo que usamos nos jardins públicos é água potável, ou seja, água que está preparada para o consumo humano. Numa altura em que existe uma grande preocupação quanto às alterações climáticas e ao impacto que o ambiente sofre devido à intervenção humana, tudo aquilo que conseguirmos fazer para diminuir o nosso impacto no ecossistema é importante.”
Por sua vez, Claudio Martins, director comercial da Visualforma, parceira no desenvolvimento do projecto, afirmou que “agora na Infralobo, quando chove não se rega”.
Existem aspectos diferenciadores neste sistema de rega inteligente. Em primeiro lugar o facto de existir comunicação com electroválvulas e estações de rega sem fios. Em segundo lugar, é possível prever quando vai chover, porque existe uma estação meteorológica em Vale do Lobo e, como tal, se chover não se procede à rega. Por último, é ainda possível detectar quando existe uma fuga, porque as electroválvulas e as caixas de rega estão todas georeferenciadas.
Ana Bôcas, directora comercial da Altice referiu que, “a Altice continua empenhada, e o nosso papel será continuar a fornecer soluções e serviços, que melhorem a qualidade de vida dos munícipes, neste caso em especial Loulé, mas também todas as outras regiões do país”.
Com este sistema será possível fazer uma gestão mais eficiente da água, através de mecanismos tecnológicos e automáticos que permitirão ajustar o nível de água utilizada, consoante as necessidades do solo e do clima, e, como, consequência uma redução dos custos de irrigação.
Segundo Francisco Serra, presidente da CCDR, “estes projectos são verdadeiramente um desafio quanto às capacidades que nós temos como agentes da região – públicos, privados, cidadãos individuais e com responsabilidades colectivas – de nos juntarmos em torno de uma visão que permita que no futuro, o Algarve seja uma região diferente em termos de exportação de serviços de base tecnológica ou pode ser diferente em termos de capacidades internas e de inovação, que permitam competir melhor com outros destinos”.
Quanto ao investimento feito, a Infralobo refere que “o Smart Resort by Infralobo é o grande chapéu que engloba todas estas ferramentas” e que “envolveu um investimento a rondar os 520 mil euros, financiados a 80% a fundo perdido pelo Portugal2020, e esta solução em concreto aqui hoje apresentada rondou os 80 mil euros, onde 80% também foram financiados a fundo perdido pelo Portugal2020.”
Segundo Vitor Aleixo, presidente da Câmara de Loulé, “o objectivo é que o projecto seja implementado também em outras zonas do concelho, nomeadamente nas vilas de Loulé, de Quarteira, Salir, onde for possível.
Afirmou ainda que “devemos ser muito rigorosos no uso e gestão de recursos, que do ponto vista físico são absolutamente limitados. Por isso, se consumirmos os recursos de uma forma irresponsável, não deixaremos habitat possível para os nossos descendentes.”
No final da cerimónia foi ainda feita uma breve apresentação do projecto na “Smart Room”.
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(Stefanie Palma / Henrique Dias Freire)