As fraudes associadas a referências multibanco fraudulentas, recebidas através de mensagens de telemóvel, estão a aumentar significativamente. A DECO aconselha os consumidores a manterem uma atitude desconfiada perante essas mensagens. Diariamente, redes criminosas fazem-se passar por empresas conhecidas, enviando milhares de mensagens ou emails de forma massiva e indiscriminada, reclamando dívidas e multas com referências multibanco, na esperança de que o utilizador proceda aos pagamentos, escreve a SIC Notícias.
Estes esquemas pedem valores reduzidos para não levantar suspeitas e utilizam o sistema multibanco através de referências geradas por empresas internacionais de serviços bancários. Um exemplo disso é a entidade multibanco 21800, um intermediário financeiro sediado nos Países Baixos, que há pelo menos oito anos fornece referências multibanco às redes de burlas e que já teve 3.600 referências bloqueadas pela Sociedade Interbancária de Serviços.
Para combater estas redes, o primeiro passo é apresentar queixa junto das autoridades:
“Poderá fazê-lo para a GNR, PSP, Ministério Público e nós, na DECO PROteste, temos o portal reclamar, que permite, ao utilizador (…) fazer a denúncia”, explicou, à mesma fonte, Soraia Leite.
Burlas à distância de um clique
Apesar das inúmeras queixas, há pouco que as autoridades possam fazer, uma vez que muitas empresas estão sediadas fora do território nacional, o que impede o Banco de Portugal de agir. A supervisão cabe ao estado membro no qual se encontra o prestador do serviço e, além disso, gerar as referências não implica necessariamente que a empresa neerlandesa esteja envolvida nos crimes. Para a DECO, a chave está na prevenção.
Só no ano passado, as denúncias por cibercrime aumentaram quase 60% em Portugal. As burlas pelo WhatsApp e ligadas a plataformas de compras online foram as que causaram maiores prejuízos em 2023.
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