Defendo a criação da região político-administrativa do Algarve, no actual momento de crises de poder na região devemos refletir sobre as funções de cada estrutura regional existente e suas necessidades. Será que não teria sentido uma fusão de todas as entidades de coordenação política do Algarve em uma, subdividida em departamentos de áreas de intervenção, mas sob uma administração político-administrativa? No actual momento de péssima gestão da situação de luta contra a prospecção e exploração de petróleo na região e nas demais intervenções dos autarcas sem efeito junto do governo central, urge uma reforma da região e o seu modelo de gestão e intervenção política. Na última entrevista que dei ao jornal Barlavento, no passado dia 21 de Maio de 2015, por ocasião de um debate “Monarquia ou República”, afirmei convictamente essa possibilidade de implantação de uma região autónoma no Algarve, sobre um estatuto autónomo regional, assembleia legislativa e governo regional. Que custos terá tal reforma administrativa na região? O que poderei afirmar é que os custos serão menores dos que atualmente existem para sustentar diversos cargos e entidades que em alguns casos tem funções semelhantes.
Uma interpretação política para a região, indo também ao encontro de opiniões dos demais algarvios e do partido que hoje faço parte mesmo sabendo que no passado o CDS foi contra, mas entendo que devemos retomar o debate público sobre o tema da regionalização autónoma, não nos devemos conformar, e sim acreditar em lutar pela melhoria dos serviços públicos e da administração político-administrativa do Algarve. Por isso, faço o apelo aos dirigentes políticos do Algarve para porem a nossa região na linha da frente da agenda partidária na Assembleia da República, lutando por uma política mais autonomista na defesa das preocupações da população do Algarve.
Na política não sou um profissional, mas tento ser um cidadão de causas e esse é o caminho que define o nosso caráter enquanto humanos e defensores públicos.