A presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, anunciou esta quarta-feira uma verba de até nove mil milhões de euros de ajuda macrofinanceira de curto prazo à Ucrânia, a disponibilizar ainda este ano. “Propomos completar a significativa ajuda a curto prazo prestada até agora, com uma nova assistência macrofinanceira excecional à Ucrânia no montante máximo de nove mil milhões de euros, em 2022”, disse a líder do executivo comunitário, numa declaração à imprensa, hoje em Bruxelas, sem pormenorizar a forma como esta verba será atribuída.
A União Europeia (UE) já desembolsou 1,2 mil milhões de euros de ajuda macrofinanceira de urgência à Ucrânia desde a invasão russa, iniciada em 24 de fevereiro.
Numa visão mais a longo prazo, Von der Leyen salientou que a UE vai apoiar a reconstrução da Ucrânia, combinando investimento com reformas, de modo a apoiar o percurso do país na direção da Europa. Neste sentido, será criada uma plataforma de reconstrução que reúna a Ucrânia, a UE e outros países doadores, instituições internacionais e outros parceiros relevantes.
“O objetivo desta plataforma seria o de chegar a acordo sobre o caminho a seguir e assegurar o máximo de sinergias de todos os esforços”, referiu a líder do executivo comunitário. “Estes investimentos ajudarão a Ucrânia a emergir mais forte e mais resistente da devastação causada pelas tropas de [Presidente russo, Vladimir] Putin”, acrescentou ainda.
O plano de reconstrução da Ucrânia terá de incluir reformas em áreas-chave como o combate à corrupção, o primado da lei e independência do sistema judicial, tendo ainda que visar a transição digital e ecológica e os valores fundamentais da UE.
A guerra na Ucrânia entrou hoje no 84.º dia, sem que haja informações independentes sobre o número de baixas.
Diversas fontes, incluindo a ONU, admitem que as baixas sejam elevadas, tanto civis como militares.
Segundo as Nações Unidas, cerca de 15 milhões de pessoas necessitam de assistência humanitária na Ucrânia.