O Magnum Concilium Veteranorum (MCV) da Universidade do Algarve emitiu um comunicado no dia de hoje, após a entrada de Portugal em estado de calamidade, informando que “todas as atividades estão suspensas”.
O órgão regulador das praxes “considera não estarem reunidas as condições para dar continuidade às atividades praxísticas” fora da academia e em casas de alunos. O MCV afirma que “responsabilidade, consciência e rigor” são valores que devem ser cumpridos nesta altura de pandemia, em que Portugal está novamente em estado de calamidade, segundo o decreto que entra em vigor já às 00 horas do dia de hoje, 14 de outubro.
Anteriormente, estavam proibidas no interior da UAlg as praxes, pelo que os alunos se juntavam em locais públicos ou casas para dar continuidade à tradição académica. Deste modo, esta “alternativa” fica assim impossibilitada, fazendo-se respeitar as regras estabelecidas pelo Governo e pela Direção-Geral de Saúde.
António Costa considerou hoje que a evolução da epidemia em Portugal tem sido “grave”, razão pela qual o Governo decidiu avançar com “oito decisões fundamentais”, entre as quais, o cancelamento das tradições de integração de novos alunos e praxes.
O primeiro-ministro referiu que “em primeiro lugar, elevar o nível de alerta da situação de contingência para o estado de calamidade em todo o território nacional, habilitando assim como a tomar as medidas que se justifiquem sempre que necessário, desde as restrições de circulação a outras medidas que em concreto se venham localmente a considerar”.
“Deixará de poder haver ajuntamentos na via pública de mais de cinco pessoas”, refere.
Portugal tem hoje 2.072 novos casos de infeção com o novo coronavirus, o valor diário mais elevado desde o início da pandemia de covid-19, segundo o boletim epidemiológico da Direção-Geral da Saúde (DGS).
Os dados da evolução da pandemia dão conta de 2.072 novos casos nas últimas 24 horas, número recorde, e do registo de sete mortos, assim como de um continuo aumento do número de internamentos, que passaram para 957 (mais 41) e 135 em cuidados intensivos (mais três).
Desde o início da pandemia, Portugal já registou 2.117 mortes e 91.193 casos de infeção, estando ativos 34.583 casos, mais 1.619 do que na terça-feira.
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