Todas as regiões do país registaram crescimentos do Produto Interno Bruto (PIB) durante 2019, com a média nacional a fixar-se nos 2,2%, destacando-se o contributo da atividade turística, segundo dados divulgados hoje pelo Instituto Nacional de Estatística (INE).
“Em 2019, a atividade turística impulsionou um crescimento na Área Metropolitana de Lisboa, no Algarve e na Região Autónoma dos Açores superior à média nacional”, avançou o INE, de acordo com os resultados provisórios das Contas Regionais de 2019.
Relativamente ao crescimento do PIB em termos reais, a Área Metropolitana de Lisboa e o Algarve foram as regiões que verificam maior subida, ambas com 2,6%, seguindo-se a Região Autónoma dos Açores (2,4%) e o Centro (2,3%), superando a média nacional (2,2%).
“Para o crescimento real do PIB na Área Metropolitana de Lisboa, no Algarve e na Região Autónoma dos Açores contribuíram significativamente os ramos do comércio, transportes e alojamento e restauração, atividades com relevância significativa na estrutura produtiva daquelas regiões, que registaram aumentos do Valor Acrescentado Bruto (VAB), em volume, de 4,8%, 3,7% e 6,5%, respetivamente”, divulgou o instituto de estatísticas.
Apesar das diferentes evoluções, “todas as regiões registaram crescimentos do PIB em termos reais”, reforçou o INE, adiantando que no Norte o crescimento foi idêntico ao do país, “apesar do decréscimo (-0,7%) registado no VAB do ramo da indústria e energia, principal atividade na região”.
Com menores crescimentos reais do PIB, a Região Autónoma da Madeira (0,8%) sofre “em grande medida pela diminuição da atividade turística na região e, em menor grau, pela redução da atividade dos serviços prestados às empresas”, e o Alentejo (0,6%) tem o impacto “determinado pela contração significativa da atividade do ramo da indústria e energia, em particular em unidades de grande dimensão do setor petroquímico, instaladas no complexo portuário, industrial e logístico de Sines”.
Os resultados provisórios das Contas Regionais de 2019 indicam que “o PIB do país registou um crescimento nominal de 4,0% e real de 2,2%”.
Relativamente ao crescimento nominal, em que todas regiões registaram variações nominais positivas, as mais acentuadas e superiores à média nacional foram observadas no Algarve (4,4%), na Área Metropolitana de Lisboa e na Região Autónoma dos Açores (ambas 4,3%).
“Na região Centro estimou-se um crescimento idêntico ao país (4,0%) e na região Norte um crescimento ligeiramente inferior (3,9%)”, apontam as estatísticas, indicando que os crescimentos nominais mais baixos foram verificados na Região Autónoma da Madeira (2,6%) e no Alentejo (2,4%).
Além dos dados provisórios de 2019, o instituto divulgou as Contas Regionais finais de 2018, que revelam que “as assimetrias do PIB per capita entre as 25 regiões [correspondentes às NUTS III] atingem a sua expressão máxima na comparação da Área Metropolitana de Lisboa (129,9) com a do Tâmega e Sousa (60,8)”, ainda que se tenha verificado uma diminuição da disparidade regional deste indicador.
“No contexto da União europeia, considerando a informação referente a 2018 por regiões NUTS II (Nomenclatura das Unidades Territoriais para Fins Estatísticos), Portugal destacava-se por ser um dos países com assimetrias regionais mais baixas em termos do PIB per capita”, informou o INE.
Em Portugal, o PIB per capita, expresso em Paridades de Poder de Compra (PPC), correspondeu a 77,8% e 78,8% da média da União Europeia (UE28) em 2018 e 2019, respetivamente, apresentando “uma ligeira melhoria face a 2017 (76,8%)”, de acordo com os dados estatísticos. que apontam ainda que, em termos regionais, apenas a Área Metropolitana de Lisboa se encontra próxima da média europeia, com um índice 101% em 2018 e 102% em 2019.