O nome do tenor espanhol Plácido Domingo surgiu associado a uma rede criminosa com base na Argentina que usava como fachada um estúdio de ioga para esconder uma série de crimes, entre os quais o de tráfico sexual.
Segundo o jornal argentino La Nación, a megaoperação que tem como intuito desmantelar a rede criminosa de Buenos Aires já levou a 19 detenções e especula-se que a ela estejam ligadas mais figuras do espetáculo e políticos.
Vários meios de comunicação da América Latina divulgaram excertos de áudio, obtidos através de escutas, nos quais, segundo as autoridades argentinas, se pode ouvir a voz de Plácido Domingo em conversa com um elemento da rede criminosa.
Essa conversa terá tido como interlocutora uma mulher identificada como “Mendy”, com quem o tenor alegadamente combina um encontro sexual, que depois comunica ao líder do grupo criminoso, identificado como Juan Percowicz, os planos confirmados com um homem a quem se refere como “Plácido”.
Recorde-se que, desde 2019, mais de duas dezenas de mulheres tornaram públicas alegações de assédio sexual por parte de Plácido Domingo. O cantor negou tudo, dizendo ao jornal italiano La Repubblica, em 2020, que ia lutar para limpar o seu nome: “Nunca abusei de ninguém. Vou repetir isso para o resto da minha vida”. Como consequência, Domingo demitiu-se do cargo de diretor-geral da LA Opera, na Califórnia.
- Texto: Blitz do Expresso, jornal parceiro do POSTAL