A aplicação de uma taxa turística “nunca foi uma questão pacífica. Não o foi no Porto, em Lisboa, nem na Catalunha, porque as pessoas reagem sempre negativamente a mais uma taxa”, afirma António Pina. Ao POSTAL, o ex-presidente da Região de Turismo do Algarve (RTA) referiu que “esta taxa não vai afectar os lucros dos empresários que apenas cobram mais uma taxa para depois entregarem aos municípios. Isto não é acabar com a ‘galinha dos ovos de ouro’, é juntar mais ovos para fazer mais omeletes”.
Na opinião de António Pina, “é justo que os municípios cobrem uma taxa para depois poderem oferecer um turismo de excelência a quem os visita. Para oferecer um melhor turismo, com mais limpeza, mais promoção e mais eventos, parece-me justo que se vão buscar receitas ao turismo para depois aplicar no próprio sector”. Mas para o ex-presidente da RTA, a questão que importa colocar é: “será que um turista com o perfil do turista algarvio, que gasta em média 136 euros por dia, deixa de vir ao Algarve por cauda de sete euros? Deixaram de ir ao Porto ou a Lisboa?”.
(Cátia Marcelino / Henrique Dias Freire)