A Associação do Comércio e Serviços da Região do Algarve (ACRAL) também se manifestou contra a aplicação da taxa turística, considerando que esta “vai onerar a estadia de quem nos visita, diminuindo a competitividade do destino, ou, em alternativa, vai penalizar o sector hoteleiro da região”. Na opinião de Álvaro Viegas, “o Algarve prescindia muito bem desta taxa que não é uma medida desejável para a região. Ou são os turistas que pagam ou os hotéis vão ter de assumir esse custo em favor dos visitantes”. Ao POSTAL, o presidente da ACRAL mostrou-se preocupado, referindo que, “mesmo que a taxa não venha a ser aplicada em todos os municípios, esta aprovação é já um aviso de que isso vai acontecer em muitos deles”.
Neste sentido, a ACRAL avança com a proposta de criação de um “Fundo de Apoio ao Comércio Local”, através de uma percentagem do valor obtido com a taxa turística, numa tentativa de revitalizar as baixas comerciais e ajudar a criar a marca “Comércio Algarve”. Para combater as grandes superfícies comerciais, afirma Álvaro Viegas, “é preciso que as autarquias tornem mais atractivas as zonas de comércio local e invistam na requalificação dos espaços e no programa de animação dessas zonas”. Mas o presidente da ACRAL não está optimista e revelou ao POSTAL não ter visto ainda, por parte dos autarcas, nenhuma preocupação em mudar a situação. “Não deve faltar muito tempo para que as ruas dos comércios locais fiquem completamente desertas”.
(Cátia Marcelino / Henrique Dias Freire)