A velha ponte militar que há 25 anos assegura o tráfego automóvel entre as margens do Rio Gilão no centro da cidade de Tavira, colocada após as cheias que quase demoliram a Ponte Romana de Tavira em 1990, vai ser desmontada para dar lugar a uma nova infra-estrutura com uma faixa para automóveis e outra para pedestres e bicicletas.
Ao todo, a obra que já foi projectada e que tem neste momento em desenvolvimento os projectos de especialidade, “terá um custo de cerca de 1,5 milhões de euros, com os projectos a ficarem orçados em cerca de 31 mil euros”, disse ao POSTAL o autarca local Jorge Botelho.
Uma obra fundamental
Para Jorge Botelho, “a obra avança para trabalhos já em 2017, depois de desmontada a ponte militar” e o presidente da edilidade não deixa margem para dúvidas, “avançará com fundos próprios da Câmara se não tivermos possibilidade de candidatar a obra a fundos nacionais e da União Europeia”.
“Trata-se de uma obra fundamental e estruturante para uma cidade dividida por um rio e onde queremos que ambas as margens se desenvolvam de forma conjunta e complementar”, diz o autarca, que sublinha “respondemos assim a um anseio da população há muito identificado e que tem todo o fundamento”.
O autarca realça que “a actual ponte embora segura apresenta já um elevado desgaste, tendo em conta a sua característica de ponte provisória e o tempo de uso”.
Contas em dia garantem capacidade financeira da autarquia
Para cumprir este desejo dos tavirenses, a Câmara de Tavira fez o trabalho de casa e saldou as dívidas de curto prazo através do PAEL, tendo pago também integralmente este empréstimo do Estado em 2015.
Com as contas saneadas, a autarquia criou margem para intervir na rede viária do concelho com um vasto programa de requalificações a decorrer e para avançar para esta obra que unirá de forma definitiva e com qualidade as duas margens do Gilão.
Quanto à ponte será uma estrutura de muito menor impacto visual, assente sobre dois pilares e construída em betão branco com remates em aço, apresentando um vão de 88 metros de comprimento.
Uma necessidade a que a Câmara dá resposta, cumprindo a vontade do executivo de “dar aos tavirenses condições de mobilidade e de desenvolvimento equilibrado de ambos os lados do rio, estruturando a cidade de forma sustentável e funcional”, refere Jorge Botelho.