Fomos, mais uma vez, surpreendidos pela boa vontade da TAP (nossa companhia de bandeira) em levar ao aeroporto do Porto uma prenda de Natal. Todos ficámos muito contentes por isso. O Norte e Centro agradecem, e o país fica mais equilibrado em termos de voos e rotas que trarão mais turistas para o país e melhorarão a economia. Mas poderia ficar ainda melhor se, de uma vez por todas, a TAP e os gestores pensassem pelo menos uma vez no Algarve e no que ele representa: perto de 40% das receitas do turismo nacional e um aeroporto que este ano atingirá perto de 9 milhões de passageiros e que está ligado a mais de 80 cidades (estranho é que a sua companhia de bandeira represente apenas cerca de 3% do total movimentado).
Temos que reconhecer que é muito, muito pouco, para a importância estratégica do Algarve. Não exigimos uma ponte aérea, como para o Porto, mas exigimos a redução dos tempos de espera em Lisboa de um voo para Faro: quatro a seis horas não é aceitável nos tempos modernos, para mais num país que acabou de ganhar o título de melhor destino turístico do mundo.
A TAP tem que olhar para o Algarve com respeito e operacionalizar os meios necessários de modo a dar respostas objectivas, com vista a honrar esta região e a sua economia. Todos os governos têm olhado para o lado em relação a este assunto. É agora altura de o poder político respeitar o Algarve e os algarvios e de colocar a nossa companhia de bandeira a servir o Algarve e o país.