O Ministro dos Negócios Estrangeiros da Ucrânia, Dmytro Kuleba, considera que a posição do PCP é consequência da “propaganda russa” na Europa, uma vez que dizem que “os ucranianos são extremistas, nazis, de extrema-direita”. Em entrevista por videoconferência ao “Diário de Notícias”, Dmytro Kuleba garante que não há extremismo no Parlamento ucraniano.
“Não temos nenhum partido de extrema-direita ou de extrema-esquerda e nunca tivemos um partido ou um político de extrema-direita no nosso Parlamento desde 2014, desde que a Revolução da Dignidade venceu”, salienta. O ministro explica que desde 2014 a Rússia acusa-os de serem de extrema-direita, mas “foi exatamente a partir desse ano que nenhum partido de extrema-direita se conseguiu eleger para o Parlamento ucraniano”.
Dmytro Kuleba lembra a situação de Bucha: “quem é que se pode atrever a chamar-nos extremistas?”, refere, explicando que interceptaram comunicações de soldados russos com as famílias e os soldados “queixavam-se de que tinham ido para lá para derrotar os fascistas, mas não viam nenhum sinal de nazismo ou fascismo na Ucrânia”. “Penso que é altura de todos esses políticos que, por conta da Rússia, espalham a informação sobre a Ucrânia radical e extremista, aceitarem simplesmente que estão na folha de pagamento de violadores, assassinos e torturadores”.
- Texto: Expresso, jornal parceiro do POSTAL