
O Pelourinho de Silves, que se pode encontrar na Praça do Município da cidade, foi recentemente alvo de intervenção de conservação e restauro. Os trabalhos, decorridos entre 4 de fevereiro e 27 de março, foram da responsabilidade do Serviço de Conservação e Restauro da Divisão de Cultura, Turismo e Património da Câmara Municipal de Silves.
A intervenção no Pelourinho, classificado como Monumento de Interesse Público desde 1933, incidiu no tratamento e minimização de diversas patologias e danos decorrentes da exposição à ação ambiental e antrópica. A intervenção procurou reduzir a contaminação biológica, sujidades superficiais, manchas de diversas origens, descoloração e oxidação dos elementos metálicos.
Tratando-se de um monumento composto por dois materiais distintos, pedra e metal, a obra requereu duas intervenções diferenciadas. “No que se refere aos materiais pétreos (arenito vermelho, ou grés de Silves, e calcário), os procedimentos desenvolvidos incidiram na desinfestação através da aplicação de biocida, limpeza mecânica e química (com recurso a escovas, bisturis e solução de limpeza), remoção pontual de barramento e juntas dissonantes (com auxílio de bisturi e escopro), consolidação do suporte recorrendo a agente químico aplicado por meio de trincha, preenchimentos de lacunas com argamassa e, no final, aplicação preventiva de biocida. No caso do metal (ferro) o tratamento consistiu na remoção e conversão dos produtos de alteração e proteção com resina acrílica e cera microcristalina”, segundo nota de imprensa enviada ao POSTAL.
Com a intervenção levada a efeito, evidenciou-se a cor natural dos materiais pétreos constituintes do Pelourinho e ganharam vida as formas e relevos esculpidos na sua coroa. Já no caso dos elementos metálicos, é de salientar a surpreendente revelação da limpeza, que “deu à luz” uma singela, mas curiosa, decoração com um puncionado de flores.
“Intervenções como esta – que recuperam a leitura estética do bem cultural, exponenciando-o com aquilo que ele tem de melhor e devolvendo-o dignamente à comunidade local – são essenciais para a correta salvaguarda e valorização dos bens históricos”, segundo nota de imprensa enviada ao POSTAL.
(AC/CM)