A região do Algarve enfrenta uma situação dramática com a pior seca registada, agravando-se ao longo do tempo e causando impactos significativos, principalmente para os agricultores, que se veem obrigados a suportar a maior parte dos custos associados. A SIC apresenta um retrato impactante das reservas de água na região, evidenciando a gravidade da situação a meio do inverno.
Como nos conta a SIC Notícias, a Barragem da Bravura, localizada em Lagos, é uma das áreas mais afetadas pela seca prolongada. Mesmo com as chuvas recentes, a barragem está apenas a 8% da capacidade total. Este é o reflexo de uma década de precipitação abaixo da média na região. Os agricultores, já a braços com dois anos consecutivos de escassez de água, enfrentam a perspetiva de mais um ano difícil.
Em Silves, o fecho das torneiras é uma realidade recente, com apenas três meses de duração. Contudo, a esperança de uma colheita abundante parece cada vez mais distante, dada a escassez de chuvas significativas. A Barragem do Arade, responsável pelo fornecimento de água a 1.800 agricultores, está alarmantemente a 15% da sua capacidade total de dois milhões de metros cúbicos.
A falta de otimismo quanto à mudança de cenário é evidente entre os habitantes locais, que têm dificuldade em acreditar que as chuvas serão suficientes para reverter a situação. Esse pessimismo é justificado pelo contexto das alterações climáticas, tendo 2023 sido já classificado como o ano mais quente de sempre para o planeta. As organizações internacionais alertam que o ano corrente corre o risco de ser ainda pior.
A seca histórica no Algarve não só destaca a vulnerabilidade da região às mudanças climáticas, mas também levanta questões urgentes sobre a gestão sustentável dos recursos hídricos. À medida que a seca persiste, torna-se imperativo adotar medidas eficazes para mitigar os impactos a longo prazo e garantir a resiliência das comunidades afetadas.
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