Estão em causa crimes de roubo e sequestro, cometidos com recurso a arma de fogo. Os suspeitos, com idades compreendidas entre os 36 e 44 anos, residentes em Valongo e Santo Tirso, são acusados de, no dia 1 de fevereiro de 2022, terem abordado, em Vila Nova de Gaia, um repositor de máquinas de venda automática de tabaco, segundo o Jornal de Notícias. Foram apanhados por trocarem raspadinhas com prémio num estabelecimento.
De acordo com a Polícia Judiciária (PJ), os indivíduos agrediram a vítima, desfizeram-se do localizador GPS do veículo e transportaram-na para um local ermo. “Mediante ameaça com armas de fogo e agressões físicas, os suspeitos manietaram a vítima, taparam-lhe a cabeça com um capuz e introduziram-no na caixa de carga da carrinha em que este se fazia transportar, deixando-o num local ermo”, relatou a PJ. Procederam então ao transbordo de aproximadamente 10 mil euros em tabaco e trancaram a vítima na carrinha, antes de fugirem.
A mesma quadrilha terá, a 3 de março do ano anterior, realizado um novo ataque na zona industrial da Maia. Alegadamente, intercetaram um carro Tesla de um empresário, bloquearam a sua passagem e, sob ameaça de armas de fogo, roubaram-lhe cerca de dez mil euros em dinheiro e três mil euros em raspadinhas.
Poucos dias depois, ao tentarem trocar as raspadinhas premiadas por dinheiro, os suspeitos foram identificados pelas autoridades através das câmaras de videovigilância do estabelecimento.
Os detidos, com antecedentes criminais por delitos contra a vida e a propriedade, foram apresentados ao Tribunal de Instrução Criminal para interrogatório. Na tarde desta quarta-feira, um juiz de instrução decidiu libertar todos os arguidos, impondo a três deles a obrigação de apresentações periódicas às autoridades, e ao quarto apenas a medida de termo de identidade e residência.
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