Questão:
“O meu computador portátil avariou fora da garantia. Será que o mercado da reparação de computadores funciona perfeitamente?”
A DECO responde…
Os portáteis são, actualmente, a opção de muitos portugueses que pretendem um computador. Ocupam pouco espaço, são fáceis de transportar e os preços têm vindo a diminuir ao longo dos anos.
Contudo, porque os aparelhos não duram para sempre será que, perante uma avaria podemos confiar no reparador a quem entregamos o portátil? O nosso estudo revela que nem sempre: dos 32 reparadores visitados, 24 chumbaram na avaliação. Dificuldade em diagnosticar as avarias, substituição desnecessária de componentes e cobrança de peças que não foram trocadas ou de serviços não realizados são os problemas mais graves que encontrámos.
Em geral, os reparadores não fizeram um diagnóstico da falha aquando da entrega do aparelho. A maioria ligou-o na nossa presença para verificar o que se passava, mas todos informaram de que seriam necessários mais testes, ficando de ligar a indicar qual a avaria, o orçamento e o prazo de reparação.
Apesar de se tratarem de avarias fáceis de identificar, em todos o diagnóstico falhou o problema.
Outro pormenor importante que detectámos foi a descrição que consta da factura: deve estar conforme ao que foi realizado. Neste sentido, constatámos que três empresas cobraram pelo que não fizeram.
Este estudo demonstra que os consumidores estão desprotegidos perante os reparadores. É fundamental que o sector se organize de modo a criar mecanismos de auto-regulação que afastem os profissionais desonestos. Há ainda que garantir formação técnica adequada para melhorar a eficiência e a qualidade do serviço.
A cobrança de peças não substituídas é grave e este abuso deve ser fiscalizado pela Autoridade de Segurança Alimentar e Económica de forma a melhorar um sector que alguns “profissionais” tornaram pouco transparente, desonesto e sem qualidade.