A Câmara de Loulé entregou na semana passada as receitas da edição deste ano do Carnaval de Loulé a instituições de solidariedade social do concelho e às colectividades que participaram no corso.
O critério de atribuição das receitas, que rondaram os 50 mil euros, foi definido no sentido de disponibilizar 50% do valor total a quatro IPSS do concelho, pela relevância do trabalho que têm desenvolvido nas comunidades onde estão inseridas. Beneficiam deste apoio a Instituição de Solidariedade Social da Serra do Caldeirão, EXISTIR – Associação para a Integração, Reabilitação da População Deficiente e Desfavorecida, UNIR – Associação de Doentes Mentais, Famílias e Amigos do Algarve e NT Social – Cooperativa de Solidariedade de Loulé. Cada instituição recebeu um montante de 6.232 euros.
Os restantes 50% foram atribuídos às colectividades participantes na animação do Carnaval, tendo em consideração o número de tripulantes de cada carro alegórico, bem como os respectivos grupos de animação organizados: Grupo Desportivo das Barreiras Brancas (2.567,11€), Associação António Aleixo (2 mil e 567,11€), APAGL – Associação de Pais e Amigos da Ginástica de Loulé (2.567,11€), Rugby Clube de Loulé (2.161,78€), DOINA – Associação de Emigrantes Romenos e Moldavos do Algarve (2.567,11€), Moto Clube de Loulé (1.486,22€), Grupo dos Amigos de Loulé (2.567,11€), Ginástica Clube de Loulé (2.567,11€), Clube de Ténis de Loulé (1.959,11€), TUALLE – Tuna Universitária Afonsina de Loulé (1.351,11€) e Associação Artística Satori (2.567,11€).
“Tendo em conta que a edição de 2015 do Carnaval de Loulé correspondeu às expectativas e que, apesar do contexto socioeconómico desfavorável que o país atravessa, a vontade e o empenho dos clubes e das associações que participaram nesta edição possibilitou uma agradável demonstração de capacidades criativas para superar os desafios propostos”, referem os responsáveis municipais.
Recorde-se que, na sua origem, o Carnaval de Loulé tinha uma importante componente de solidariedade, desde a sua primeira edição, em 1906, enquanto “Carnaval Civilizado”, onde começou por atribuir 200 “esmolas” a pessoas carenciadas do concelho. Nos anos 20, a sua organização começou a ser da responsabilidade da Santa Casa da Misericórdia de Loulé, tendo como objectivo a atribuição de toda a receita do Carnaval para o funcionamento do Hospital de Loulé, que durante muitos anos foi considerado como referência no Algarve.
Mais recentemente, a autarquia retomou esta iniciativa ao atribuir as receitas arrecadadas no corso carnavalesco a instituições ou causas sociais.