Com um intervalo de quatro dias, dois tornados fustigaram várias localidades do Algarve. O primeiro no passado dia 28 e o segundo no passado domingo causaram caos e destruição.
Com origem na Praia de Faro, mais extensos foram os estragos do tornado registado no domingo, que aconteceu pelas 16 horas, afectando também outros concelhos do litoral: Olhão, Tavira, Castro Marim [Altura] e Vila Real de Santo António. Em Espanha, os registos de estragos foram até Huelva, passando pela Ilha Cristina.
Entre os danos a contabilizar, contam-se árvores arrancadas, vidros e telhados partidos, barcos e viaturas danificados e cortes de electricidade.
Praia de Benagil
Foto impressionante tirada num acesso à Praia de Benagil em Lagoa no dia 1 de Março e
publicada na página de FB da Agência de Turismo Taruga Benagil Tours.
Esta intempérie poderá colocar em risco o próprio areal da praia que foi aumentado na sua largura em 2014, para possibilitar um maior espaço e segurança ao seus utilizadores.
Praia do Barril
A força do mar e do vento deixaram marcas de destruição bem visíveis na Praia do Barril
com parte do arreal a desaparecer. O cemitério de âncoras, criteriosamente alinhadas no
sistema dunar, encontra-se gravemente afectado.
Ilha da Fuzeta – uma barreira apenas
Parte da Ilha da Fuzeta ficou reduzida a uma barreira.
Vídeo revela força destruidora do Tornado em Faro e Tecto Volkswagen
O tornado causou grandes estragos no Fórum Algarve, stands da BMW [ver foto] e da
Volkswagen [ver foto] e da bomba de combustíveis BP.
Tornado Moncarapacho arrancou chaminé telhado
Chaminé arrancada do telhado pelo tornado em Moncarapacho.
Chuva deu vida nova ao Pego do Inferno
A extraordinária foto da primeira página é de João Colaço e retrata bem a beleza deste ex-libris natural do Algarve, cuja chuva que se fez sentir nos últimos dias deu vida nova.
Recorde-se que foi em 2012 que o fogo deu ao Pego do Inferno o triste destino de ficar com as estruturas de acesso ao local completamente destruídas. A culpa recaiu sobre o incêndio que deixou atrás de si um rasto de destruição impressionante.
Foram precisos cinco anos para que o local, localizado no interior do concelho de Tavira, aguardasse a “mão amiga” de quem lhe desse um futuro adequado aos pergaminhos que granjeou junto dos amantes da natureza em época de banhos, que escolhiam o local para desfrutar do frescor da cascata e das águas da Ribeira da Asseca.
Resta esperar que os utentes, turistas e residentes, saibam usufruir do local com respeito, pois trata-se de um local ambientalmente sensível.
NOTA: Todas as fotos têm direitos reservados, sendo algumas provenientes das redes sociais