A Câmara de Lagoa, no Algarve, vai tentar remover na terça-feira quatro embarcações encalhadas no areal da Praia Grande, em Ferragudo, devido à ocorrência de vários temporais, disse à Lusa o presidente da autarquia.
“Amanhã, dia 02 [de abril], vai ser feita uma nova tentativa para retirar todas as embarcações que lá estão, uma vez que os proprietários, que têm a responsabilidade de retirar as mesmas, não têm sido capazes de, pelos seus meios, resolver o problema”, disse Luís Encarnação à agência Lusa.
Segundo o autarca, a aproximação da época balnear fez com que a edilidade, em coordenação com a capitania do Porto de Portimão, decidisse liderar o processo de remoção dos barcos, com os custos da operação a serem posteriormente imputados aos respetivos proprietários.
Ao todo, são três veleiros e uma embarcação de recreio, de maior dimensão que, estando ancoradas sem tripulação no anteporto e lado resguardado do molhe, não resistiram à força do vento e do mar, e acabaram por se soltar – a primeira em outubro passado e a última há uma semana – e encalhar na Praia Grande de Ferragudo, a algumas dezenas de metros.
“Estamos perto da época balnear e, portanto, não podemos ter ali as embarcações”, insistiu Luís Encarnação.
O responsável autárquico avançou que, no futuro, deverá ser instalado um sistema organizado com poitas – pedras ou objetos pesados que servem de âncora -, em que os proprietários das embarcações estão devidamente identificados e podem ser contactados.
“Naturalmente, também irão pagar a respetiva taxa por ocupar um espaço que é um espaço de domínio público marítimo”, acrescentou o presidente daquela autarquia do distrito de Faro.
As quatro embarcações têm sido atração turística, principalmente ao fim de semana, altura em que muitas pessoas se deslocam àquela praia para ver e tirar fotografias ao lado dos barcos encalhados no areal.
Esta praia encontra-se na margem esquerda da foz do Arade, mesmo antes do molhe de proteção do mar, e em frente a Portimão, que fica no outro lado do rio.
Em 12 de março último foi feita uma tentativa, que acabou por não resultar, para retirar as três embarcações que na altura estavam imobilizadas na Praia Grande.
As datas escolhidas para remover os barcos estão relacionadas com a existência das chamadas ‘marés vivas’, uma preia-mar que coincide com uma lua nova ou lua cheia.
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