Quase um terço dos jovens entre os 19 e os 29 anos internados com covid-19 antes de haver vacinas ficaram com complicações de saúde mesmo depois de terem alta, segundo um estudo feito no Reino Unido.
Na análise, que abrangeu mais de 70.000 pessoas internadas, detetou-se uma alta prevalência de complicações em todos os grupos etários, com os homens de mais de 60 anos a serem os mais afetados.
Mas também se registam problemas em adultos mais novos e sem complicações de saúde anteriores: 27% das pessoas entre os 19 e os 29 anos e 37% das que têm entre 30 e 39 anos.
Em 13% dos casos das pessoas entre 19 e 29 anos, os doentes saíram do hospital mas sem capacidade de cuidarem de si, uma taxa que aumenta para 17% nas pessoas com idades entre os 30 e os 39.
O estudo foi publicado esta sexta-feira na revista médica The Lancet e debruçou-se sobre 73.197 adultos que foram internados com covid-19, 36.367 dos quais ficaram com complicações de saúde mesmo depois da alta.
Os mais jovens internados foram uma pequena quantidade de entre a totalidade da amostra: 1.500 entre os 19 e os 29 anos e 2.753 entre 30 e 39 anos.
Os casos analisados em 302 hospitais verificaram-se entre janeiro e agosto de 2020, antes de as vacinas estarem disponíveis e antes de serem detetadas novas variantes do SARS-CoV-2.
Mesmo assim, os autores afirmam que as suas conclusões continuam a ser relevantes para contrariar a ideia de que a covid-19 não apresenta riscos para os mais jovens.
As complicações mais comuns entre o universo de doentes analisados foram as renais, que afetaram quase um quarto das pessoas, e as respiratórias (cerca de 20%).
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